
Filmes de comédia são realmente bem comuns e
abrangentes, sempre abordando distintos temas envoltos por situações inusitadas
e hilárias. Alguns, mesmo que ignorem completamente conceitos acerca de um
roteiro plausível, atuações convincentes e apresentem ações que beirem ao
absurdo em todos os sentidos, destacam-se, seja pelas risadas arrancadas (mesmo
que, às vezes, impulsionadas por piadas politicamente incorretas [arrisco-me a
dizer que são as preferidas do público]) ou simplesmente pela diversão proporcionada.
No entanto, estes longas geralmente não possuem propostas mais específicas e de
maior aprofundamento ademais da pura e despretensiosa diversão, películas estas
como As Branquelas, Se Beber Não Case e até mesmo Uma Noite no Museu. Embora
despretensão não seja algo ruim, filmes que dosem na medida certa reflexão,
criticidade e divertimento são mais notórios e fazem um maior sucesso com os
críticos e o espectador por um período de tempo maior. Podendo-se citar como
exemplo a comédia romântica E Se Fosse Verdade..., (leia
aqui) o nacional e impecável O
Auto da Compadecida, o magistral Os Intocáveis e o relevante Florence: Quem é
Essa Mulher, deve-se também ressaltar a magnífica alternância de gênero
presente em muitos dos trabalhos de similar teor, muitas vezes ocasionada pela
base em fatos dos mesmos, o que somente os engrandece ainda mais e os torna
mais divertidos e extraordinários. Influenciado por eventos reais, cômico,
emocionante e um tanto quanto dramático nos devidos momentos, Patch Adams é
mais um desta significativa leva que procura entreter o público ao mesmo tempo
em que o toca de alguma maneira, seja psicologicamente, sentimentalmente ou
socialmente.