The Sopranos, The Wire, Six Feet Under,
Boardwalk Empire, Deadwood, Oz, The Pacific, Band of Brothers, Game of Thrones,
True Detective... e Westworld. Não à toa a HBO é uma das emissoras mais
consagradas do mundo.
Exemplar junção de entretenimento e reflexão,
Westworld é magnífico em muitos de seus aspectos. Brilhante desde sua abertura
excepcional que apresenta a confecção de um anfitrião sob uma música clássica
instrumental e certas ações realizadas pelo mesmo da forma mais genuína
possível (segmento que diz muito do que será acompanhado), o programa não perde
tempo e trata de impor sua atmosfera logo na primeira cena, onde o
questionamento da própria realidade vem à tona. Questões existenciais, vida
artificial, natureza humana, percepção, consciência... estes são somente
alguns dos conceitos abordados ao correr da série que a integram do primeiro ao
último minuto, sempre divertindo e incitando o pensamento, instigando e
mantendo um padrão que nunca compromete as sofisticadas e ousadas ambições do programa.
Mesclando distopia a faroeste (e usufruindo de
uma estética e quesitos bastante similares ao game Red Dead Redemption que pode
ter servido de inspiração), Westworld também é exímio em sua concepção acercada
pelo mistério, visto que a empolgação ocasionada pelo tom labiríntico jamais
deixa a desejar e o frenesi das deslumbrantes sequências de ação em momento
algum permite que a série se torne monótona. Ademais, as pistas, as incógnitas
e o observar dos detalhes faz com que a experiência seja ainda melhor, já que
ao desfecho tudo passa a fazer sentido e as pontas soltas servem como um
impulso a mais para a segunda temporada. Outro ponto positivo se deve aos
exuberantes cenários e a estupenda e grandiosa geografia, o que exemplifica os
gastos e esforços dos desenvolvedores pelo virtuoso resultado.
Envolvidos no projeto nomes como Jonathan Nolan
(roteirista da trilogia Batman, Amnésia, Interestelar...) e J. J. Abrams
(criador de Lost, Fringe...), ambos cineastas de ótima reputação, certamente
são pilares fundamentais dos acertos e sucesso do programa, visto que a trama
inteligente, complexa, compacta e o ritmo essencialmente cadenciado são
características marcantes do currículo dos dois que mais uma vez repetem a
fórmula com êxito. Em relação às atuações do elenco bombástico, todas foram
muito bem desempenhadas, sem nenhuma se sobressair negativa ou positivamente de
forma discrepante (Rodrigo Santoro mais uma vez condizente em seu papel). No
entanto, considerando o renome e os trabalhos de Antonhy Hopkins, sua
performance fica abaixo do esperado, um tanto quanto inexpressiva e demasiado
acomodada. Referente à trilha sonora: bem posicionada, ambiental e provocante,
com direito até a Carmen Suite No.2: Habanera por Georges Bizet em uma
passagem sensacional.
Todavia, os contrapontos ganham realce no
desenvolvimento da face corporativa do programa, esta que quebra a condução
harmoniosamente inquieta e nunca deslancha como o esperado, bem como o plot
acerca de Maeve, por vezes inverossímil e prolixo. Em contraparte, a conceição
dos personagens é impecável, conflituosos, em dilemas e envoltos por jornadas
de autoconhecimento e descobertas, sublinhadas pelo roteiro surpreendente,
revelador, permeado por teorias e que brinca com a ótica do espectador.
Westworld, em suma, é um excelente passatempo
que funciona como alavanca de pertinentes discussões, esplêndido pela precisão
praticamente em todos os âmbitos que mascaram e minimizam as tênues falhas.
Matheus
J. S.
Assista e Kontamine-se
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Ficha Técnica:
Primeiro episódio: 2 de outubro de 2016
Primeiro episódio: 2 de outubro de 2016
Criado por: Jonathan Nolan, Lisa Joy
Com: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Thandie Newton,
Jeffrey Wright…
País: EUA
Gênero (s): Faroeste; Ficção científica; Suspense
Status: Renovada
Duração (aproximadamente): 55 minutos
Avaliação:
IMDb:
9,0
Rotten:
89%
Metacritic:
74%
Filmow
(média geral): 4,5
Adoro
Cinema (usuários): 4,0
Kontaminantes (Matheus J. S.): 9,5
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