9 de novembro de 2017

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Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Pôster


Após uma excelente introdução em A Maldição do Pérola Negra, um bom desenvolvimento em O Baú da Morte, um ótimo desfecho em No Fim do Mundo e um horrendo e vergonhoso recomeço em Navegando em Águas Misteriosas, Piratas do Caribe tenta novamente reviver a franquia, mas infelizmente A Vingança de Salazar é só mais um filme medíocre.
Muitos são os problemas deste longa. Primeiramente, o mesmo não denota personalidade própria, ou seja, a premissa e o roteiro são formulaicos e a maioria das sequências de ação se aproveita de cenas similares dos capítulos anteriores, apesar de bem conduzidas e associadas a um slow motion funcional e divertido. Além, a película se define por uma carência de mitologia, visto que o novo vilão apresentado não é estarrecedor ou carismático e a trama acerca deste é relaxada e pouco convincente, já que esta demonstra incongruências para com a trilogia original. Falando nisto, o que mais pesa neste, como no filme antecessor, é a ausência de Gore Verbinski na direção, logo que a estória não possui mais o tom de arrebatamento e interesse, os personagens já não detêm o mesmo charme, o enredo raso é concebido visando apenas o lucro, sem o ideal aprofundamento de entrecho e personagens, e a comicidade nem sempre funciona, por vezes concedendo espaço a passagens desnecessárias que, frustrantemente, buscam arrancar gargalhadas.
Embora tenha pequenas participações, Orlando Bloom não tem tempo de tela significante para satisfazer o espectador e ter seu personagem explorado, o que era esperado pelos trailers, mas que na verdade se mostrou ser só uma jogada de marketing. A presença constante de Will Turner seria fundamental para um melhor desempenho do longa, considerando que sua dinâmica para com Jack Sparrow é fascinante e se responsabiliza por grande parte do sucesso das três primeiras películas, ademais das relações que procuram substituir este vínculo não serem suficientes para suprir o vazio deixado por sua ausência. Relacionado à Keira Knightley, esta tem uma aparição completamente inexplicável, incoerente e improdutiva, igualmente servindo somente como propaganda enganosa nos vídeos promocionais.
As figuras secundárias e os plots adjacentes são desinteressantes, principalmente o que diz respeito ao romance bobo e impertinente entre Henry e Carina, certamente uma forma de compensar a falta de criatividade na confecção do script. Outro arco irrelevante está vinculado aos ingleses, estes que, banalmente e sem empolgação, mais uma vez se encontram perseguindo piratas. Além, não satisfeito em integrar Carina a uma das subtramas mais frívolas do filme, o roteiro, em tentativa de exaltar o valor e imposição feminina no semblante da mesma, se passa por ridículo, visto que a investida é escancaradamente forçada e discrepante, o que atribui um ar artificial ao plot. Ademais, a atriz, no Brasil, teve a infelicidade de receber uma dublagem ineficiente e inflexível, que não condiz com suas ações e caráter, enquanto Jack, pela primeira vez sob a voz de um novo dublador, se viu despersonalizado perante a figura a qual o público está acostumado.
Relacionado às atuações, todas são consentâneas aos longas antecedentes, as performances das novidades no elenco são aceitáveis e o grande nome da película, Javier Bardem, tem seu talento desperdiçado num papel que não exige expressões. No entanto, embora repleta de fatores negativos, a produção se sobressai positivamente por conta de seus efeitos visuais, maquiagem, caracterização e afins, assim como o segmento pós-créditos que abre possibilidades muito interessantes para o futuro da série.
Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é um filme indiferente, tanto para os fãs da saga quanto para o espectador casual.
Matheus J. S.  5

Para os fãs de Piratas do Caribe, esta seria a chance da franquia de se redimir da decepção do filme anterior e retornar ao caminho que levou a primeira trilogia ao sucesso alcançado. Para aqueles que assistiu aos outros longas dublados (como eu), é certo que a mudança do dublador neste novo longa foi um choque, mas como popularmente é dito, a esperança é a ultima que morre, e pensei que este fato poderia ser amenizado com uma trama envolvente, sequências enlouquecedoras e personagens marcantes. Por fim, já nas primeiras aparições de Jack Sparrow, vemos como o personagem perde muito da sua natureza cômica com essa alteração. A presença de Javier Bardem no elenco comprova que nem sempre grandes nomes salvam uma composição comprometida, logo que seu personagem (Capitão Salazar) é explorado superficialmente e não exige uma atuação profunda do ator, algo muito próximo ao que aconteceu com sua esposa no filme anterior ao apenas agregar volume ao longa.
Cenas e sequências de ação estão presentes, os efeitos especiais não decepcionam, porém a combinação desses elementos não é suficiente para trazer de volta o brilho de Piratas do Caribe. A falta dos personagens coadjuvantes que sustentam e colaboram com o principal continuam fazendo falta. O enlace das tramas dos três primeiros filmes que rendiam finais empolgantes não participa desta nova fase, mesmo quando uma ou outra ligação entre as películas está presente não é sólida o suficiente para o desenvolvimento do enredo. O inigualável Jack Sparrow, que sempre mostrava fundamento com suas ações malucas e diálogos insanos, desde o filme anterior parece estar navegando a deriva apenas à vontade dos ventos.
No geral, A Vingança de Salazar supera o seu antecessor, mas não chega próximo dos três primeiros longas. Assistível e interessante em alguns momentos, não desperta aquela vontade de revê-lo de imediato, sendo esquecível com o passar dos dias e lembrado apenas pelo que lhe faltou. Ainda não está definido se um novo filme vai sair, numa possível hipótese podemos ter esperança que a franquia retorne ao seu auge, já que o Pérola Negra pode ganhar os mares nos primeiros minutos de tela, algo que não acontece há um bom tempo.
leonejs. 7

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 25 de maio de 2017 (2h 09min)
Direção: Joachim Rønning, Espen Sandberg
Elenco: Johnny Depp, Javier Bardem, Brenton Thwaites…
Gêneros: Aventura; Fantasia; Ação
Nacionalidade: EUA

Avaliação:
IMDb: 6,7
Rotten: 30%
Metacritic: 39%
Filmow (média geral): 3,4
Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,5/2,5
Kontaminantes (média): 6
Avaliação

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