12 de junho de 2018

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Looper: Assassinos do Futuro

Pôster


O tema viagem no tempo se prolifera aos montes no mundo do entretenimento. Filmes, séries, livros, animes, hqs... a diversidade de estórias é infinita, assim como seu público, afinal, a ideia de poder mudar seu passado ou vislumbrar seu futuro é extremamente atrativa. Entretanto, será que ainda é possível ser inventivo em tal âmbito?
De imediato respondendo à questão acima, Looper: Assassinos do Futuro é uma produção criativa. Audacioso desde sua própria premissa, o longa logo de cara vai contra os estigmas do gênero ao colocar cara a cara seu protagonista com ele mesmo do futuro (não é spoiler, isto está na sinopse e no trailer). Películas similares geralmente não utilizam tal empreitada, principalmente por conta dos supostos e consequentes paradoxos, o quê já se mostra um diferencial em Looper. A confecção da mitologia igualmente se vê atribuída de virtudes, seja no que diz respeito as peripécias do arco central, seja na construção dum mundo futurista semelhante ao de hoje, porém incrementado com sutis detalhes que enriquecem sua conceição e o tornam crível.
Apesar da direção moderada de Rian Johnson que não se dá o luxo de grandes técnicas apuradas ou exorbitantes inovações, um dos principais fatores para o engajamento do espectador deve-se ao ritmo fluido e dinâmico que alicerça o enredo. Este, praticamente desprovido de fórmulas prontas (ainda assim, elas existem), instiga consoante algumas incógnitas e surpreende mediante suas respostas, além de nunca perder a cadência enérgica citada que, do início ao fim, mantém incandescente o entretenimento. Ademais, corroborando ao divertimento em tela, destacam-se os segmentos mais ágeis que são 100% empolgantes e um eficiente slow motion que ornamenta as cenas para as quais se apresenta.
O roteiro, além de sua funcionalidade escapista, também é desenvolvido de forma simples e compreensível mesmo envolvendo viagem no tempo (mas não o suficiente para impedir que os "malucos de plantão" teorizem acerca), ao passo que demonstra contundência em suas acometidas mais sérias. Isto é, o longa, embora de modo delicado, trabalha questões que abrangem a dignidade e honra do homem, ademais de impor dilemas éticos e incisivos a seu protagonista. Questões que abordam o reconhecimento de si perante os olhares de segundos igualmente encontra espaço num plot adjacente que, mesmo reflexivo e progenitor de bons momentos cômicos, não é necessário. Todavia, apesar dos elogios até então ao script, este comete alguns deslizes, como, por exemplo, os poucos clichês dos quais não foge, sendo o mais incômodo aquele concernente a um romance obvio e banal. No mais, mesmo que no elenco se sobressaiam nomes como Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt, Emily Blunt e Paul Dano, as atuações são apenas regulares, já que os papeis não requerem mesmo nada mais extraordinário.
Em suma, Looper: Assassinos do Futuro é um filme bem escrito, cuidadoso, tangível a todos os gostos, que peca pouco e certamente vale ser assistido.
Matheus J. S.  9

A viagem no tempo é um dos temas mais explorados na ficção científica desde sua concepção. Recorrente dentre os variados meios do entretenimento, com tramas simples, envolventes, complicadas, malucas e por vezes até desconexas, é fato que geralmente as reflexões envolvidas faz com que quem aprecia esse tema fique um bom tempo analisando as possibilidades que lhe foram apresentadas.
Looper é mais um exemplar da sétima arte que explora a questão, seu enredo envolve o assassinato de vítimas vindas do futuro para um presente distópico, o qual gera uma nova classe profissional para suprir esta necessidade. O enredo é movido pela viagem no tempo, com ênfase no laço de repetição e uma pequena parcela de poderes sobre-humanos.
Três pontos chaves sustentam a trama e prendem o espectador, sendo estes: o início do laço; o fim do mesmo e as alterações do futuro que podem acontecer por eles. Pontos estes que dão um nó na mente e instigam a verificação de vários paradoxos temporais na procura do que melhor se encaixa no contexto, e quando temos uma teoria que parece contemplar a questão nos deparamos com detalhes ou comentários que a contradizem, então vemos indo por água abaixo e o processo analítico iniciar novamente.
Fora o garotinho e algumas cenas com sua presença, não há muito para destacar além do enredo e contexto. Bruce Willis agrega somente seu nome à produção e oferece o comum de seus personagens medianos. Joseph Gordon-Levitt também não precisa desenvolver algo mais com seu personagem e chama a atenção por sua maquiagem um tanto diferente. Efeitos visuais, quando existentes, são suficientes para cumprir o seu dever. Cenários simples que em alguns momentos lembram o filme Interestelar, um futuro onde novas e velhas tecnologias coexistem.
Bom filme, cumpre o que é proposto, prende a atenção, gera expectativas e induz as dúvidas, fácil de ser assistido mais de uma vez em pouco espaço de tempo e com maior afinco.
leonejs.  8

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 28 de setembro de 2012 (1h 50min)
Direção: Rian Johnson
Elenco: Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt, Emily Blunt…
Gêneros: Ficção científica; Ação
Nacionalidades: EUA e China

Sinopse (Google):
Na sociedade futurística de 2074, a viagem no tempo só está disponível a quem é capaz de pagar por ela no mercado negro. Quando os mafiosos querem eliminar alguém, eles enviam o alvo ao passado, onde um matador de aluguel conhecido como "Looper" aguarda com a arma na mão. Joe é um desses assassinos contratados, e ele faz muito bem esse trabalho. Entretanto, as complicações surgem quando ele descobre que seu chefe decidiu fechar o ciclo e enviar o Joe do futuro de volta no tempo para matá-lo.

Avaliação:
IMDb: 7,4
Rotten: 93%
Metacritic: 84%
Filmow (média geral): 3,6
Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,1/3,5
Kontaminantes (média): 8,5
Avaliação

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