Seis anos após a primeira e emblemática aparição
de Thanos nos cinemas, é incrível que o momento de sua efetivação no MCU tenha
chegado. Celebrado por muitos como o maior crossover
da história do cinema, Vingadores: Guerra Infinita é o confronto intergalático
mais esperado dos últimos tempos que conecta todo um universo trabalhado durante
dez anos.
Vingadores: Guerra Infinita é uma obra que começa
a mil por hora, e isso é instrumental tanto para inocular a magnitude do poderio
de Thanos, como os perigos que este representa a humanidade. Estabelecido o
frenesi narrativo e a imponência do antagonista, a película exibe gradualmente
seus personagens, uns de forma mais eficaz que outros, visto que a introdução
de certos supracitados é dispersa e desleixada. Por outro lado, o modo com que
outras personas são implementadas a trama e se concatenam a determinadas
figuras é engenhoso, recreativo e congruente.
Ainda concernente aos referidos, o longa se
mantém prezando a identidade dos mesmos anteriormente imposta em outros filmes
e não se preocupa com apresentações formais, afinal, todos os heróis já são de
conhecimento geral do público. Entretanto, este fato, aliado a vasta gama de
personagens, não impede que se desenvolvam subtramas individuais, o que atribui
maior enfoque a uns do que outros. Obviamente que a acometida não se constitui
acerca de todo o elenco, pois o tempo de tela entre eles é bastante distinto e
variado, embora também seja justo sublinhar que todos possuem ao menos uma
passagem de destaque.
Contudo, quando o assunto é destaque, fica
impossível não falar sobre ele: Thanos. Fúlgida estrela da película, o Titã Louco
- interpretado majestosamente por Josh Brolin - tem uma personalidade forte
respaldada por sua inabalável determinação; Thanos é um ser conflituoso, sábio,
perspicaz e ambíguo que se vê impulsionado por motivações plausíveis e
convincentes que acredita ser em prol de um bem maior, rigorosamente falando, aqui
ele é o grande protagonista e é muito fácil simpatizar com seu genuíno carisma.
Em contraparte, os aliados do titã não refletem sequer um por cento da ameaça
deste, ademais de seus respectivos visuais toscos contrastarem com o caprichoso
design do magnificente vilão. Como adendo, vale ressaltar o uso da
computação gráfica que, mais que responsável pela composição das cenas esteticamente
inventivas, caracteriza minuciosamente Brolin como Thanos, seja atribuindo-lhe
verossimilhança as expressões faciais por meio da captura de movimento, seja
pela crível e impressionante textura física do personagem que salienta o trabalho
técnico de seus desenvolvedores.
A utilização de ferramentas, tais como trilha
sonora e flashbacks, servem para alavancar - cada qual ao seu modo - a
imagem do Thanos. Enquanto a trilha eleva a imponência deste, o segundo recurso,
por sua vez, adere maior complexidade à idiossincrasia do personagem. Em contrapartida,
ao passo que a musicalidade enaltece os momentos mais icônicos, o silêncio
preza-se contribuindo com a ênfase dos segmentos de maior impacto emocional. (SPOILERS A SEGUIR) Um desses, que molda uma sequência
chave do desfecho, reflete com aptidão o quesito mencionado, porém peca em sua
empreitada audaciosamente ilusória que, apesar de funcionar instantaneamente, mostra-se
pouco arrojada ao pulverizar apenas personagens com futuras películas
previamente confirmadas, tais como Homem-Aranha: Longe de Casa, Guardiões da
Galáxia 3 e Doutor Estranho 2, ou seja, é óbvio que estes serão ressuscitados. (FIM DOS SPOILERS)
Como de praxe em filmes da Marvel, Vingadores:
Guerra Infinita esbanja uma eclética disposição de gêneros que, em totalidade,
ostenta majoritária parcimônia. No entanto, embora a transição tonal se
configure com êxito, a articulação isolada de algumas camadas textuais é
problemática, sendo a composição cômica o principal exemplo. Piadas
anticlimáticas, frases de efeito desnecessárias e incompatibilidade temática
são alguns dos fatores determinantes dessa instabilidade jocosa. Todavia, é
incontestável que o longa exerça com eficiência artifícios de descontração lúdicos
e risíveis.
Outrossim, a película, no que diz respeito a concepção
cenográfica, é simplesmente irretocável. (SPOILERS A
SEGUIR) Ao abranger uma diversidade de localidades em escala cósmica, o
filme orna sequências visualmente extraordinárias que, passando pelas áridas
terras de Titã, os restos flamejantes de um devastado Luganenhum e as escuras
ruínas de uma estrela morta, vão desde a vibrante miscigenação cultural de
Wakanda até os tons oníricos e alaranjados da Joia da Alma. (FIM DOS SPOILERS) Além das exuberantes ambientações, a
imensidão mitológica criada pelo enredo se enriquece com a meticulosa atenção
dada aos detalhes, em outras palavras, não há pontas soltas e o espectador consegue
facilmente assimilar os diversos parâmetros fixados pelo entrecho e sanar suas
dúvidas (exceto aquelas deixadas propositalmente pelo roteiro).
No mais, Vingadores: Guerra Infinita, apesar
das poucas nequices, é um prato cheio para os fãs: é divertido, escapista, sólido
e genericamente homogêneo.
Matheus J. S. 9
Sendo um dos filmes mais aguardados dos últimos
tempos - tanto pela legião de fãs dessa nova era dos heróis no cinema, quanto
por aqueles que acompanham as HQs e dão um voto de confiança para as
adaptações - Guerra infinita tem um brilho próprio, logo que tem seus alicerces
em uma das maiores sagas do universo dos quadrinhos decorrente do crossover do
mundo Marvel e do icônico vilão Thanos. Como continuidade do multiverso
cinematográfico Marvel, a produção é a cereja do bolo que vem consolidar os
trabalhos que se iniciaram há alguns anos, talvez a cereja não seja mais
suculenta por falta de um ou outro personagem, porém apenas os mais acirrados
fãs das HQs sentirão essa ausência.
Uma reunião como esta tem como justificativa
nada mais nada menos do que preservar e defender metade da vida do universo. Atrás
de artefatos que são capazes de conceder poderes ilimitados ao seu portador,
uma busca implacável inicia-se pelo universo, nada e ninguém poderá ficar nesse
caminho que também passa pela Terra onde estão os Vingadores e seus aliados.
O tempo limitado da produção acaba afetando a
exposição de cada personagem que faz parte do grande elenco. De longe o nome de
destaque do filme, tanto por suas intenções quanto por seus métodos, é Thanos,
que nos é apresentado como um alguém que identifica um problema e usa uma
solução radical e imediata assim que possível. Isso divide a opinião do público
quanto ao seu caráter. O ator Josh Brolin faz a interpretação do personagem e,
de concreto, só se pode afirmar a leve semelhança facial, já que efeitos
visuais, maquiagem e trabalho de dublagem dificultam a avaliação do ator por
quem não está familiarizado com o seu trabalho, assim como não se pode comparar
Thanos das telonas com o seu homônimo dos quadrinhos.
(SPOILERS A SEGUIR) Outro personagem que chama atenção é o gigante
esmeralda Hulk; com uma pequena participação no filme, o desempenho que ele
conseguiu em outras produções como Era de Ultron e Thor: Ragnarok faz falta.
Seu alter ego, Dr. Banner, não consegue compensar a sua ausência e consequentemente
Mark Ruffalo é afetado. Thor
tem boa participação durante a produção e sua nova arma, mesmo com grande eficiência,
não tem o carisma do Mjölnir. (FIM DOS SPOILERS) Mais uma vez Visão não é bem aproveitado como
personagem e ainda não emplaca de forma convincente.
A ação acontece em vários cenários onde até
temos um vislumbre de Titã, planeta natal de Thanos. Wakanda como cenário
derradeiro da luta é testemunha de uma das melhores frases de efeito do filme
dita por T’Challa e repetida por seus guerreiros.
Muitas questões são feitas para o próximo filme.
Quem participará? Será um filme todo para uma conclusão? Um ou outro personagem
poderá ter sua estória ceifada por consequência destes acontecimentos? Inúmeros
desfechos e surpresas podem ou não acontecer.
Entretenimento que flui com facilidade, prende
pela curiosidade e expectativa e agrada visualmente, porém, particularmente, não
supera Era de Ultron.
leonejs. 8
Assista e Kontamine-se
Comente, Compartilhe e Siga Nosso Blog
Ficha Técnica:
Data de lançamento: 26 de abril
de 2018
Direção: Joe Russo, Anthony Russo
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark
Ruffalo…
Gênero: Ação
Nacionalidade: EUA
Sinopse (Adoro Cinema):
Thanos (Josh Brolin) enfim chega à Terra,
disposto a reunir as Joias do Infinito. Para enfrentá-lo, os Vingadores
precisam unir forças com os Guardiões da Galáxia, ao mesmo tempo em que lidam
com desavenças entre alguns de seus integrantes.
Avaliação:
IMDb:
8,5
Rotten:
85%
Metacritic:
68%
Filmow
(média geral): 4,3
Adoro
Cinema (usuários/adorocinema): 4,7/4,0
Kontaminantes
(média): 8,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário