6 de março de 2022

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Amor, Sublime Amor

Pôster

Aclamado pela crítica, Amor, Sublime Amor é a nova adaptação do premiado filme de 1961. Desta vez sob os cuidados de Steven Spielberg, o longa é um dos favoritos aos prêmios da temporada.
Em primeira análise, Amor, Sublime Amor é uma obra enérgica. Essa característica se reflete tanto nos personagens vivazes quanto no relacionamento entre os membros das duas gangues e, principalmente, nos números musicais. Estes, por sua vez, são geralmente compostos por várias pessoas, mas a grande quantidade de participantes não é empecilho para que as performances saiam conforme o planejado, ou seja, bem coreografadas, entusiásticas e cativantes. Vale ressaltar que as canções mudam o tom de acordo com os acontecimentos, entretanto, o caráter espirituoso permanece sempre vigente.
Concernente às figuras em cena, o espectador é levado a ter simpatia pelos integrantes das duas equipes, o que ocorre por meio do desenvolvimento de arcos sólidos e tempo de tela suficiente para maturar o laço entre os interlocutores. Outro aspecto crucial para a construção desse relacionamento é o fato de o script não vilanizar nenhum dos lados, pelo contrário, ambas as perspectivas são compreensíveis e respaldam as atitudes dos personagens. Por sua vez, vale ressaltar que a interação entre os grupos é aparentemente boba e não demonstra ter consequências a princípio, porém, com o desenrolar do enredo o público se surpreende e é convencido a crer que toda ação tem uma reação.
Atinente ao protagonista, a película comete alguns deslizes. Em primeiro lugar, o texto não consegue fazer a plateia comprar a ideia de que há um vínculo entre Tony e os demais adeptos do bando, principalmente por conta do tempo insuficiente dedicado à dinâmica entre eles. Dito isso, embora a relação entre o personagem e Riff receba maior argamassa, somente esse elemento não é capaz de convencer o assistente de que Tony um dia foi o líder dos Jets, sobretudo porque a produção abdica de outros recursos para tentar instituir esse elo. Ademais, convém salientar que há várias menções a um evento traumático no passado do protagonista, contudo, esse traço do roteiro é integralmente verbalizado e não possui a sutileza adequada.
Outrossim, o audiovisual tem uma série de pequenas nequices que, somados, deterioram o resultado. As cenas de luta ao início são confusas; o romance entre Tony e Maria começa de forma demasiado repentina; o tenente Schrank é genérico e o plot do Anybodys é estafante e não agrega nada ao entrecho. Posto isto, cabe frisar que a urdidura se propõe a explorar um tema socialmente pertinente que é o preconceito contra imigrantes. Em face disso, ainda que o filme não seja tão aguçado para lidar com a pauta durante grande parte do tempo, tal nuance narrativa se acentua ao longo do ato final em uma crescente dramática que culmina em uma sequência extremamente tensa.
No mais, Amor, Sublime Amor é um musical que entretém e cativa na mesma medida.
Matheus J. S.
 
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Ficha Técnica:
Data de lançamento (Brasil): 09 de dezembro de 2021
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Ansel Elgort, Rachel Zegler, Ariana DeBose…
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA

Sinopse (Filmow):
Amor à primeira vista acontece quando o jovem Tony vê Maria em um baile do ensino médio em 1957, na cidade de Nova York. Seu romance florescente ajuda a alimentar o fogo entre duas gangues rivais que disputam o controle das ruas: os Jets e os Sharks.

Avaliação:
IMDb: 7,6
Rotten: 92%
Metacritic: 85%
Filmow (média geral): 3,6
Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 3,2/4,0
Kontaminantes (Matheus J. S.): 7
Avaliação


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