Ação policial é um dos meus gêneros preferidos de
filmes e, quando tem tendências aos “bandidos” se darem bem mediante a planos
mirabolantes e fugas impossíveis, o meu interesse aumenta.
Os Suspeitos (1995) foi a bola da vez, filme este
que o Matheus assistiu e ficou tagarelando na minha orelha. Os primeiros pontos
que me chamaram a atenção antes de assisti-lo foram o título e o nome de Kevin
Spacey no elenco. Sabe aqueles atores que a gente simpatiza independente de
atuar em um bom filme ou não? Este é o caso do Kevin, sempre gostei dele. Agora
sobre o título, este me irritou um pouco, simplesmente porque não faz muito
tempo assisti um de mesmo nome, mas com Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal. Isso é
muito chato, já tinha acontecido com os Intocáveis, será que agora vou ter que
me referir aos filmes pelos títulos originais em inglês?
Nos primeiros minutos fica claro que teremos de
desvendar a identidade do verdadeiro cérebro por trás da trama, algo que só
será revelado nos momentos finais e ainda com brechas para dúvidas. Caso você
seja muito atento, talvez mate a charada logo no princípio, o que não aconteceu
no meu caso. De início tive três suspeitos em evidência, portanto era só
esperar os indícios para comprovar minhas teorias.
A narração dos fatos por um dos suspeitos e cenas de
flashbacks são os pontos fortes do filme, este modo me agrada, mas talvez não a
todos. A grande jogada da trama é a reviravolta de como são apresentados os
fatos pelo nosso suspeito. Sinceramente até que não me surpreendeu muito, até
já tinha dito para o Matheus como seria o final de acordo com uma das minhas
teorias no meio do filme, mas isso não diminui a qualidade do mesmo, talvez
tenha ocorrido por se tratar de uma produção de 1995 e nesses vinte e um anos
eu tenha visto a outros semelhantes, o que implica um pouco no elemento
surpresa, mas mesmo após a maior idade ele me prendeu do início ao fim.
O ponto negativo, ao meu ver, seria a revelação
dentro da trama, acho que seria mais interessante se ela fosse apenas para o
expectador e também faltou uma visão de como a trama se desenvolveu realmente, o que
parece ser de propósito para sempre deixar 0,01 por cento de dúvida.
leonejs.
Nem
sempre dois Oscars e boas críticas garantem um bom filme, mas com certeza este
não é o caso de Os Suspeitos.
Atingindo-nos
com uma cena impactante logo no começo, a princípio a trama pode parecer
confusa, mas ao longo do tempo todas peças se encaixam e tudo passa a fazer
sentido.
Com um início promissor e misterioso, o filme
logo nos apresenta os personagens centrais da história de maneira cômica e
bastante suspeita. Tudo isto sendo narrado pelo personagem Verbal Kint, um
ladrão aleijado que pensa enganar alguém.
Lembrando-nos
o clássico Cães de Aluguel com um mesmo roteiro não-linear, Os Suspeitos pode
ter de ser assistido mais de uma vez devido a grande quantidade de situações e
muitos nomes que pode acabar por confundir o telespectador, mas mesmo assim
algumas dúvidas permanecerão perante certas pontas soltas.
Algumas
coisas curiosas destacam-se durante o filme, como distintas nacionalidades
atribuídas aos personagens e ao fato de praticamente todos presentes no longa fumarem.
Vale ressaltar que Benicio del Toro está irreconhecível neste filme (como meu
pai bem enfatizou).
A
complexa trama ainda arruma tempo para expor a corrupção presente nos meios
policiais e algumas cenas cômicas, contudo o destaque da película deve-se a seu
grande plot twist que influencia todo o enredo e que serviu de base para longas
posteriores inspirados pelo roteiro original de Os Suspeitos (o que lhe rendeu
um Oscar). A bela atuação de Kevin Spacey também merece ser destacada, não a
toa ele recebeu o outro Oscar (melhor ator coadjuvante).
Em
suma, é um bom filme, embora ao seu fim deixa-nos pensando se tudo realmente
valeu a pena e meu principal palpite desde o início (a respeito da grande
revelação) estava correto. Concluindo, o filósofo Confúcio possui uma frase que
muito bem representa este longa: “O sábio se passa por tolo, e o tolo por sábio”.
Matheus J. S.
Este é um filme que boa parte dele mostra
acontecimentos que levam a um “acidente”, e neste não há sobreviventes, exceto
um húngaro e Verbal Kint. Tais acontecimentos são relatados por Verbal, que tem
uma grande importância para o desfecho da trama. O foco principal do filme é
descobrir quem é Keyzer Soze.
Quando assisti a este longa estava na companhia de
meu irmão e meu pai, ambos estavam assistindo ao filme pela segunda vez, e
enquanto assistia, estavam sempre a dizer para prestar atenção nos detalhes.
Chegando ao fim, percebi que alguns destes realmente ajudavam a entendê-lo.
Este é um bom filme, mas além de ter como gênero
suspense, não me fez ficar ansioso para saber o final dele, talvez isto tenha
acontecido como consequência das conversas alheias sobre a película. Recomendo
assisti-lo, igualmente como me recomendaram.
Murillo J. S.
Assista e Kontamine-se
Avaliações:
IMDb: 8,6
Adoro Cinema (usuários): 4,3
Rotten: 88%
Ficha Técnica Resumida (Wikipédia):
Estados
Unidos
1995 • Cor • 106 min |
|
Direção
|
Bryan
Singer
|
Produção
|
Michael
McDonnell
Bryan Singer |
Roteiro
|
Christopher McQuarrie
|
Elenco
|
Stephen
Baldwin
Gabriel Byrne Benicio Del Toro Kevin Pollak Kevin Spacey Chazz Palminteri Pete Postlethwaite |
Gênero
|
Drama
|
Música
|
John Ottman
|
Lançamento
|
16 de
agosto de 1995
|
Idioma
|
Inglês
|
Orçamento
|
US$ 6 milhões
|
Receita
|
US$ 23
milhões
|
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