Após as recentes
tragédias do fim de ano, o cinema não se deixou para trás e surpreendeu o mundo
com os teasers e trailers liberados de filmes que serão lançados futuramente
que deixou muitos de boca aberta e perplexos. Não bastou o Relâmpago McQueen
sofrer um terrível acidente, Logan se culpar, com um ar fúnebre e melancólico,
por algo que possivelmente abalará ainda mais os fãs e Optimus Prime provavelmente
assassinar a sangue frio o queridinho Bumblebee (pelo menos lhe dar uma boa
surra), agora todos são pegos de surpresa com o primeiro trailer de Velozes e
Furiosos 8 que mostra Toretto traindo sua família que lutou para proteger
durante sete filmes, família pela qual chorou e sofreu, mas agora se voltou
contra. É certo que o mundo não é mais o mesmo, talvez precise de uma alinhada
nos eixos, e entendo que muitos culpem o DiCaprio por tais acontecimentos,
afinal, ele ter ganho o Oscar realmente era uma predileção para as maiores
catástrofes e atrocidades acontecerem, este feito não estava escrito (Barry
Allen igualmente é um suposto suspeito, diga-se de passagem). Porém,
ultimamente as coisas estão mesmo muito estranhas e intrigantes.
Repleto de elementos
informativos, instigantes e misteriosos, o trailer, acompanhado de uma música
que alude aos padrões das trilhas sonoras de todos os longas da franquia que se
repetirá neste, acabou por causar diversas e divergentes reações na internet
frente ao que nos foi apresentado. Tiros e adrenalina a mil, cenas de ação e
alta velocidade, festas e explosões, carros tunados e policiais, belos efeitos
visuais e especiais e, não podendo faltar, o sempre presente exagero em cenas
completamente impossíveis. Elementos que constituem a saga desde seu princípio
e que já eram esperados, mas o que realmente se destacou, sem dúvida alguma,
foi a vira-casaca do Dom perante seus entes queridos se aliando a uma nova
personagem, como dito no próprio trailer, “... especialista em terrorismo de
alta tecnologia.”. Neste instante, várias teorias a respeito do motivo se
espalharam pela web e continuam gerando discussão, da mesma forma que
comentários empolgados e entusiasmados pelo que nos foi mostrado, assim como
piadinhas sobre a franquia nunca ter fim, ter tido seu rumo corrompido há muito
tempo e as passagens extremamente exageradas.
É certo que a saga não é
mais a mesma (como já dito, o mundo também não é mais o mesmo), contudo este
novo foco, desde o quarto filme (pode-se dizer), vem conquistando muito público
e batendo recordes de bilheteria, tudo que o estúdio pode querer. Da mesma
maneira, Velozes e Furiosos 7 é a película melhor avaliada da franquia entre os
críticos do Rotten Tomatoes (embora eu não confie neles), uma das maiores
bilheterias da história do cinema e, como recentemente vi uma fã dizendo, oito
filmes somente sobre corridas de carros se tornaria chato e enjoativo, e a
essência permanece, ou seja, a família. Se a saga ainda continua viva, é por
conta desta nova forma de condução dos longas e, cá entre nós, todo novo filme
arruma uma pontinha ou outra para um bom racha, igualmente sempre utilizando os
carros de um jeito peculiar de se chegar ao objetivo desejado. O forte do
cinema nunca foi expor a realidade (mais recentemente que o vêm fazendo), e sim
nos levar ao absurdo e impensável. Também não se pode esquecer que o trailer
nos apresentou, além de novos personagens, algumas situações que inovam conceitos
que a franquia ainda não havia explorado de maneira aprofundada, como a
inversão de papéis entre os personagens (Dominic e Deckard Shaw) e uma possível
trama mais elaborada.
Por falar em Shaw, vilão
marcante do sétimo filme, sua presença deverá ser bem trabalhada e contribuirá
para o realce do mesmo, pois Jason Statham costuma se destacar em seus
trabalhos e compilar boas e dinâmicas produções. Igualmente com o retorno do
personagem vivido por Kurt Russel, seu papel poderá ser mais bem desenvolvido
consoante sua sutil participação no longa antecessor, como Megan. Enfatizando o
elenco, que ainda conta com Charlize Theron, Dwayne Johnson, Michelle
Rodriguez, Scott Eastwood (filho do renomado Clint Eastwood), Kristofer Hivju
(sim, ele mesmo, o Tormund de Game of Thrones) e Tyrese Gibson (alguns dos
poucos nomes que constituem toda a lista), só se pode esperar coisas novas e um
belo enredo, considerando a mudança de diretor (James Wan fora o último) e os
nomes de peso. Na realidade, espero apenas não me decepcionar como com Os
Mercenários que conta com um elenco fortíssimo e uma história completamente
pobre e fraquíssima.
Com o recente suposto
desentendimento entre os atores The Rock e Vin Diesel (pode ser apenas jogada
de marketing) e a revelação de que Michelle Rodriguez quase abandonou a saga, é
certo que Velozes e Furiosos já tem muito o que contar e ainda revelar,
levando-se em consideração que será o primeiro filme da franquia sem Paul
Walker (sem contar Desafio em Tóquio) e que iniciará uma nova trilogia (sem
Jordana Brewster também, no entanto ela nunca foi muito relevante não é mesmo?)
e um possível spin-off focado em Hobbs. Quinze anos após o lançamento do
primeiro longa, é interessante observar o desenvolvimento e evolução das películas,
assim como o relacionamento entre Dom e sua família que irá adquirir novas
proporções agora, igualmente a ousadia imposta em cada novo filme que é
necessária para, no mínimo, manter os fãs. Com alguns nomes já ressaltados,
vale ratificar o retorno de Lucas Black que, apesar de não aparecer no trailer,
já teve participação confirmada, assim como Helen Mirren que há muito vem
pedindo uma oportunidade na saga (embora se decepcionou ao não poder dirigir
loucamente como gostaria).
Aparentemente seguindo
uma linha similar aos dois longas anteriores, este trailer, explosivo e
empolgante, ademais de nos deixar muitas dúvidas, trouxe referências bem
legais, como quando Dominic bate seu carro no de Hobbs da mesma maneira que o
fez no quarto filme quando “trapaceou” Brian. Outra, é a aparição de um tanque
sob a posse dos mocinhos que esteve do lado rival em Velozes e Furiosos 6
(destaque para as reações de Tej). Além, o alívio cômico parece se manter na
personalidade do carismático Roman Pearce e, como as outras películas, esta
adentrará o mundo de alguns locais ainda inexplorados na franquia, como Cuba e
as planícies geladas de Barents Sea. Em relação a Cuba, o fato de algumas cenas
terem tido permissão de serem rodadas lá, é um grande avanço para Hollywood,
pois desde muito tempo isto não acontecia.
Realce para um imenso
submarino, carros quebrando paredes de concreto, cabo de guerra entre
possantes, corrida no gelo, Vin Diesel vestido como um gladiador moderno em uma
guerra e um beijo revoltante, a tecnologia parece ser novamente o foco do longa
como no sétimo, longa que provavelmente nos surpreenderá muito perante boatos
que vi a respeito de a vilã Cipher querer implantar o caos na sociedade e
possuir ideais anarquistas (apenas boatos). Em seu oitavo filme, a saga (que já
pode contar até mesmo com a participação especial de Ronda Rousey), cheia de
reviravoltas e personagens memoráveis que fazem ou farão falta (Han, Gisele,
Mia, Brian, Rico e Tego) possui meu apreço e gosto, apesar de estar ciente de
suas falhas e intenções. Obviamente que as emoções e expectativas após este
trailer (que já bateu o recorde de maior visualizações nas primeiras 24 horas
em toda história) que promete e muito, estão num turbilhão e lá em cima, mas
agora só nos resta esperar e conferir os outros lançamentos, trailers e lidar
com surpresas ainda maiores e impactantes.
Matheus J. S.
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