8 de dezembro de 2016

Kontaminantes ☣ , Ela , Filmes ,

Ela



Com o passar dos anos, a tecnologia avança, e como outros temas de discussão, este já foi muito explorado, de variadas maneiras, por livros, séries, documentários e, sem se deixar para trás, o cinema. Não é difícil encontrar filmes que tratam do assunto de forma reflexiva e crítica. Podemos citar como exemplos: Matrix; Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças; A Origem; 2001 – Uma Odisseia no Espaço... e o mais recente Ela.
Mesclando este tema com relacionamentos, principalmente amorosos, o longa se aprofunda nesta mescla em um futuro não tão distante onde, com a tecnologia um pouco mais avançada, um novo sistema operacional passa a se comunicar e relacionar com as pessoas. Desta forma, Theodore, um solitário escritor, acaba por se apaixonar pelo mesmo que se denomina Samantha. Abordando brilhantemente o desenvolvimento da relação entre os dois, Ela foca em como o ser humano pode se tornar, de certa forma, alienado à sua própria criação e evolução (tecnologia), na solidão e em como podemos criar laços e intimidade com, até mesmo, os mais distintos de nós mesmos. Igualmente propõe, sutilmente perante certos olhos, até que ponto deixamos de manipular a tecnologia e passamos a ser manipulados.
Considerando que Theodore é um recém-divorciado, a película ainda arruma tempo para expor sua situação atual, ou seja, ter de lidar com este novo cotidiano só e as complicações de um divórcio em geral. Além, em flashbacks, mostra como fora sua vida com sua ex-esposa e os confrontos e felicidades imposta por esta, da mesma maneira que ocorre com ele e Samantha.
Levando-nos a refletir sobre emoções e sentimentos verdadeiros e artificiais, ilusão e prazer momentâneo, os conflitos pessoais de cada um e como a tecnologia ao nos aproximar uns dos outros também nos afasta, Ela mostra como o amor pode aflorar nas situações e momentos mais inimagináveis com as pessoas (no caso um sistema operacional) menos pensáveis.
Ademais de tudo já dito, a impecável atuação de Joaquin Phoenix não poderia deixar de ser citada, atuação que o faz parecer outro ator frente ao arrogante imperador Commodus de Gladiador.
Enfatizando e transmitindo a ideia de que uma máquina nunca será um ser humano e apresentando-nos um desfecho que não agradará todos, o excelente filme ainda deixa nossa mente trabalhar com as seguintes incógnitas: o quê distingue um ser humano de uma máquina? Até que ponto esta pode se desenvolver?
Matheus J. S.


Assista e Kontamine-se


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Avaliações:
IMDb: 8,0
Rotten: 95%
Adoro Cinema (usuários): 4,6
Kontaminantes (Matheus J. S.): 9,5





Ficha Técnica Resumida (Adoro Cinema):

Data de lançamento: 14 de fevereiro de 2014 (2h 06min)
Direção: Spike Jonze
Elenco: Joaquin PhoenixAmy AdamsRooney Mara...
Gêneros: Drama; Romance; Ficção científica
Nacionalidade: EUA

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