31 de dezembro de 2016

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Retrospectiva 2016 - Parte 1


             2016 certamente não será um ano que muitos gostarão de relembrar, não à toa, pois este tem sido realmente um ano bastante conturbado, repleto de tragédias e muito estranho (que o diga Leonardo DiCaprio). Tragédias presentes até mesmo, além de tantas outras não divulgadas e mais pessoais, no mundo do entretenimento. Temos como exemplo a trágica morte do ator brasileiro Domingos Montagner, afogado, durante seu tempo livre, no tão famoso rio São Francisco que, coincidentemente ou não, era o local que dava nome à novela que gravava na época e um de seus principais focos. Igualmente demos adeus ao renomado músico David Bowie e mais recentemente perdemos Peter Vaughan, o eterno Meistre Aemon de Game of Thrones, o cantor George Michael, Ricky Harris, o imortalizado Malvo de Todo Mundo Odeia o Chris, Carrie Fisher, a inesquecível Princesa Leia de Star Wars e passamos dias difíceis perante o chocante acidente aéreo envolvendo o avião da Chapecoense, time que viajava para sua inédita final em um torneio internacional, assim como o navio que naufragou levando jogadores e torcedores de um time de futebol na Uganda para uma partida amistosa. Tantas outras aconteceram (Alan Rickman, Shaolin, Rúben Aguirre...) e ainda vem acontecendo, observem o embaixador russo e o próprio Estado islâmico que, mesmo no espírito festivo de fim de ano (pelo menos para alguns), continua incansável. Porém, coisas boas também se destacam, assim como algumas que não o são de toda forma, mas merecem realce.
           Começando pelos filmes, pode-se dizer que há muito o quê se falar, primeiramente, deste fim de ano. Ressaltando incialmente A Chegada (que começou somente com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, assim como Doutor Estranho) de Denis Villeneuve, com certeza um dos longas que mais vem ganhando destaque até o momento, a película se mostra um excelente sci-fi (possível cult) e está deixando muitos de boca aberta e reflexivos, sem dúvida um dos grandes nomes de 2016. Invasão Zumbi (filme sul-coreano), igualmente vem conquistando um apreço digno dos espectadores similarmente a The Handmaiden, outro espetacular (dizem) trabalho sul-coreano. Surpreendentemente, Star Wars – Rogue One (um spin-ff da famosa trilogia original), está por muitos sendo considerado o melhor de toda a extensa franquia. Sully, dirigido por Clint Eastwood e protagonizado por Tom Hanks, vem se saindo bem, Doutor Estranho correspondeu e satisfez a maioria, Animais Noturnos, estrelado por Jake Gyllenhaal, concorre ao Globo de Ouro em três categorias e foi citado como sendo o filme mais provocativo de 2016 e Anjos da Noite – Guerras de Sangue até o momento está apagado.
Prosseguindo, Beleza Oculta, com um elenco recheado, vem decepcionando e destruindo todas as expectativas que havia criado. Agora, referente a algumas outras decepções, penso que o maior expoente seja Esquadrão Suicida que passou a ser odiado por quase todo apreciador, assim como Batman vs Superman que não convenceu. Relacionado a outros filmes de super-heróis, não há muito o quê dizer, somente que Guerra Civil foi o oposto de A Origem da Justiça, Deadpool se tornou um sucesso de público e crítica (embora não me engana) e X-Men não se sobressaiu. O novo projeto de Martin Scorsese, Silence, apesar de já ter estreado nos EUA, ainda não repercutiu (embora garanto que possamos esperar boa coisa), resta aguardar um pouco mais para nós brasileiros podermos conferir por conta própria. Já Moonlight, O Segredo de Brokeback Mountain da nova geração (gostei desta comparação feita por Rolandinho, Pipocando), vem cada vez mais ganhando os críticos e o público. Águas Rasas, embora lançado há algum tempo, merece ser recordado por, além de relembrar o clássico Náufrago, ter sido eleito um dos dez melhores filmes do ano pela revista Time e, Ben-Hur, por não ser notado e servir apenas de exemplo de como não se fazer um remake, principalmente o remake de um filme vencedor de 11 Oscars. Não nos esqueçamos que 2016 ainda foi o responsável pelo polêmico e horroroso Deuses do Egito, assim como Boneco do Mal que faz de tudo exceto causar medo e assustar.  
            No ano de Jureg e Magrelinho (que ano para memes), algumas sequências também tiveram espaço. Segundo longa da franquia iniciada em 2013, Invocação do Mal 2 conseguiu a aclamação do público e crítica, Procurando Dory manteve o nível esperado, Convergente não obteve destaque, Alice – Através do Espelho foi fraco e superficial, O Caçador e a Rainha do Gelo foi inferior ao seu antecessor (acreditem), Jack Reacher – Sem Retorno não demonstrou culhões, Minha Mãe é Uma Peça 2, comédia nacional, aparentemente agradou os espectadores, Carrossel 2 (não sei nem porquê estou citando-o) animou apenas as crianças,  Vizinhos 2 não deveria ter acontecido, Truque de Mestre 2 com uma sequência insana e Daniel Radcliffe voltando ao mundo da mágica foi razoável, Jason Bourne seguiu a mesma linha de O Segundo Ato, Tartarugas Ninja – Fora das Sombras desagradou, Independence Day – O Ressurgimento ganhou o status de um dos piores filmes do ano, Tá Dando Onda 2 não teve seu lançamento divulgado ao ponto de receber críticas positivas ou negativas e A Era do Gelo 5 dividiu opiniões. E, já que citamos animações, vale ressaltar Kubo e a Espada Mágica, muito elogiado e que se apresenta mais do que apenas uma película infantil (não é uma sequência).    
Ademais de Invocação do Mal 2, o gênero em questão igualmente foi privilegiado com O homem nas Trevas e A Bruxa, considerados por alguns, simplesmente, uns dos melhores da última década. Grave similarmente vem repercutindo bem a atraindo cada vez mais a atenção com sua insana premissa que envolve canibalismo. Pena que não se pode dizer o mesmo de Quando as Luzes se Apagam, que literalmente passou um pouco apagado pelos cinemas.
            O ano também contou com um filme bastante peculiar e criativo, estou falando de Swiss Army Man, que explora uma jornada surreal entre um homem perdido e um cadáver. Além, o lançamento de The Lobster, da mesma maneira um pouco peculiar, pode fazê-lo do longa mais cult de 2016, seguido, talvez, por Capitão Fantástico, filme diferenciado e possível candidato à mais cobiçada estatueta do mundo cinematográfico. Infelizmente, quem tentou inovar no quesito zumbi se deu mal, Orgulho e Preconceito e Zumbis se portou como uma película de mau gosto e chegou a ser ofensiva ao clássico o qual adaptou.
 O Brasil não se deixa para trás e conta com produções de realce, como Aquarius, muito prestigiado até o momento e provavelmente o melhor brasileiro do ano (era apontado como um forte candidato à estatueta de Melhor Filme Estrangeiro), Ellis, sucesso entre os críticos, Mãe Só Há Uma seguiu pelo mesmo caminho, Pequeno Segredo (relançado este ano), o indicado da vez a concorrer ao tão cobiçado prêmio cinematográfico, Mais Forte que o Mundo recebeu certo destaque, O Escaravelho do Diabo não se sobressaiu, Porta dos Fundos – Contrato Vitalício foi um desastre, Os Dez Mandamentos – O Filme quebrou até recordes, apesar de ser apenas um recorte de cenas do que fora a novela e O Caseiro perdeu a grande oportunidade de ser o Invocação do Mal brasileiro. Nem preciso dizer que não irei me referir a É Fada.
 E, como nosso querido país geralmente costuma ter a maioria dos longas estrangeiros lançados atrasados (há exceções), Os Oito Odiados, que estreou em fevereiro em terras tupiniquins, acarretou divergências, sendo considerado por muitos mais uma obra-prima do mestre Tarantino e por outros um embolo de ideias mal formuladas e desenvolvidas. O Regresso, que concedeu a DiCaprio seu primeiro Oscar (um feito e tanto deste ano), agradou parcialmente e teve como maior ênfase a premiação do próprio Leonardo em si. Já O Quarto de Jack, igualmente vencedor do Oscar (Melhor Atriz), gerou mais discussões frente a sua qualidade inquestionável, assim como A Juventude que também concorreu ao prêmio da Academia e conta com Michael Caine no elenco. Presságios de Um Crime, estrelado por Jeffrey Dean Morgan e Anthony Hopkins, não se destacou e já se perdeu na memória dos que o assistiram. Spotlight, um dos grandes vencedores da noite dourada, chegou ao Brasil em janeiro com dois míseros Oscars de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original, seguido pelo modesto A Grande Aposta, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Finalizando a grade de películas, enfatizo Demolição que tem como protagonista Jake Gyllenhaal em mais um filme de 2016 que, aparentemente, não recebeu nenhum realce especial. E, em mais uma tentativa falha de redenção, o odiado Adam Sandler passou a ser mais odiado e motivo de mais piadas consoante Zerando a Vida.
Agora, uma pausa para o cafezinho, já retornamos com a Parte 2 de Retrospectiva 2016.

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