Considerando que inovação é algo que bastante se destaca no campo cinematográfico e que tal virtude muitas vezes, infelizmente, é substituída por apostas em um terreno maçante e que não represente riscos, Deite Comigo é, lamentavelmente, mais um desta retrógrada e desnecessária leva que, covardemente e ingenuamente, deixou as oportunidades escaparem e decidiu investir em quesitos nada pertinentes para o cinema atual e que inibem o desenvolvimento dos aspectos de real importância.

Com uma sequência inicial que já denota a pegada do filme, ou seja, o erotismo, o longa ousa relacionado a este meio, porém tem como principal problema a insistência no enaltecimento de fatores de índole de perspicácia mal direcionada. Embora seja notório o trabalho dos atores e da direção em sua coragem ao abordar sem pudores um tema de menor facilidade criativa e maior delicadeza, a película teria uma considerável significância e impacto contraventor em outros tempos. Em 2005, quando lançado, já não era mais uma produção peculiar ou insólita.

Podendo-se citar como exemplos Azul é a Cor Mais Quente, A Criada e, principalmente, Ninfomaníaca como expoentes do gênero, o filme da vez peca, diferentemente dos outros, em sua abrangência que não impõe reflexões, isto é, estampa o erotismo de forma crua, sem uma permeação que incite o pensamento, o longa foca no corpóreo explícito, sem se aprofundar em arcos que vão além do físico. No entanto, em seus primórdios, a película sugeria imposições curiosas acerca do sexo, prazer, gozo, amor e paixão, que lamentavelmente foram descartadas para o implemento de segmentos banais e esquecíveis.

Ademais das cenas gratuitas e pouco coerentes ao esperado, ainda se pode ratificar determinados fatores que em nada contribuem para a confecção do trabalho consoante o entrecho fragilizado, como certas expansões sobre a relação entre os protagonistas e o individual conflituoso de ambos, uma narração em primeira pessoa que realça perspectivas femininas e o flerte para com o romântico e o dramático, além de cenas noturnas envoltas pelo sexo barato e drogas que poderiam servir como crítica social. Contudo, se o texto colaborasse para com um resultado satisfatório, certamente os mesmos serviriam como complemento, enquanto, na realidade, não passam de fragmentos pífios. Em contraparte, a trilha sonora ambiental e complacente deve ser ressaltada.

Portanto, Deite Comigo, repleto de clichês e em suas falhas tentativas de inovar, é traído pelo próprio roteiro, cai em mesmices, fica na superficialidade e atribui enfoque de maneira equivocada a âmbitos que poderiam ser deixados de lado para a ênfase de vertentes verdadeiramente relevantes.

Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Canadá):  11 de novembro de 2005

Direção: Clement Virgo

Elenco: Eric Balfour, Lauren Lee Smith, Ron White…

Gêneros: Drama; Romance; Erótico

Nacionalidade: Canadá

Avaliação:

IMDb: 5,4

Rotten: 38%

Filmow (média geral): 2,8

Adoro Cinema (usuários): 3,4

Kontaminantes (Matheus J. S.): 5

Deite Comigo

Considerando que inovação é algo que bastante se destaca no campo cinematográfico e que tal virtude muitas vezes, infelizmente, é substituída por apostas em um terreno maçante e que não represente riscos, Deite Comigo é, lamentavelmente, mais um desta retrógrada e desnecessária leva que, covardemente e ingenuamente, deixou as oportunidades escaparem e decidiu investir em quesitos nada pertinentes para o cinema atual e que inibem o desenvolvimento dos aspectos de real importância.

Com uma sequência inicial que já denota a pegada do filme, ou seja, o erotismo, o longa ousa relacionado a este meio, porém tem como principal problema a insistência no enaltecimento de fatores de índole de perspicácia mal direcionada. Embora seja notório o trabalho dos atores e da direção em sua coragem ao abordar sem pudores um tema de menor facilidade criativa e maior delicadeza, a película teria uma considerável significância e impacto contraventor em outros tempos. Em 2005, quando lançado, já não era mais uma produção peculiar ou insólita.

Podendo-se citar como exemplos Azul é a Cor Mais Quente, A Criada e, principalmente, Ninfomaníaca como expoentes do gênero, o filme da vez peca, diferentemente dos outros, em sua abrangência que não impõe reflexões, isto é, estampa o erotismo de forma crua, sem uma permeação que incite o pensamento, o longa foca no corpóreo explícito, sem se aprofundar em arcos que vão além do físico. No entanto, em seus primórdios, a película sugeria imposições curiosas acerca do sexo, prazer, gozo, amor e paixão, que lamentavelmente foram descartadas para o implemento de segmentos banais e esquecíveis.

Ademais das cenas gratuitas e pouco coerentes ao esperado, ainda se pode ratificar determinados fatores que em nada contribuem para a confecção do trabalho consoante o entrecho fragilizado, como certas expansões sobre a relação entre os protagonistas e o individual conflituoso de ambos, uma narração em primeira pessoa que realça perspectivas femininas e o flerte para com o romântico e o dramático, além de cenas noturnas envoltas pelo sexo barato e drogas que poderiam servir como crítica social. Contudo, se o texto colaborasse para com um resultado satisfatório, certamente os mesmos serviriam como complemento, enquanto, na realidade, não passam de fragmentos pífios. Em contraparte, a trilha sonora ambiental e complacente deve ser ressaltada.

Portanto, Deite Comigo, repleto de clichês e em suas falhas tentativas de inovar, é traído pelo próprio roteiro, cai em mesmices, fica na superficialidade e atribui enfoque de maneira equivocada a âmbitos que poderiam ser deixados de lado para a ênfase de vertentes verdadeiramente relevantes.

Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Canadá):  11 de novembro de 2005

Direção: Clement Virgo

Elenco: Eric Balfour, Lauren Lee Smith, Ron White…

Gêneros: Drama; Romance; Erótico

Nacionalidade: Canadá

Avaliação:

IMDb: 5,4

Rotten: 38%

Filmow (média geral): 2,8

Adoro Cinema (usuários): 3,4

Kontaminantes (Matheus J. S.): 5