Neste
segundo volume deixamos um pouco de lado a confusão e fragmentação das memórias
e acontecimentos no trajeto de Roland na busca pela Torre Negra e sua caçada
pelo homem de preto e passamos para algo muito mais definido e concreto, a
busca dos três. Três pessoas de diferentes épocas e do nosso mundo serão
necessárias para que Roland possa continuar a procurar ou mesmo encontrar a
Torre Negra, esta que ainda não conseguimos identificar qual a importância para
o mundo do pistoleiro ou o nosso, logo que não temos informações suficientes
para saber quando e quais acontecimentos desenfrearam a busca.
Sendo
esta estória parte de um todo, as características de King se mostram mais presentes
nesta narrativa do que na anterior, deixando a atmosfera de preparação de
terreno um pouco mais amena e dando mais ênfase na apresentação destes novos
personagens, sua escrita descritiva reaparece com o surgimento destes no seu
momento oportuno. Outra característica de Stephen que também reaparece neste
volume é a forma peculiar que ele narra assuntos relacionados à morte como, por
exemplo, a passagem da conversa dos paramédicos que socorreram Odetta Holmes.
Mas
tudo que esperamos de King não foi mostrado nessa leitura ainda, o personagem
principal ganha quase que o papel de um coadjuvante, no transcorrer da leitura
ele passa a maior parte do tempo debilitado sem nos mostrar o seu verdadeiro
potencial, seu maior destaque ocorre quando o escritório de Balazar é invadido
por ele e Eddie.
Depois
dos novos elementos se unirem ao pistoleiro, inúmeras dúvidas surgem sobre os
seus destinos no próximo volume. Sabemos que Roland não poupará ninguém em sua
busca, tanto inimigos como amigos, mas uma nova vertente é possível neste
ponto, fazer a sua busca se tornar a busca desses escolhidos, então ele
passaria de o último pistoleiro para mestre de novos pistoleiros. Mesmo assim
tudo não passa de especulação, o que sabemos de fato é que por enquanto os seus
destinos estão unidos até determinado ponto.
Ainda
não foi possível desenvolver algum carisma pelos personagens, o pistoleiro continua
uma incógnita e os novos precisam ser moldados ao mundo que lhes será
apresentado, mesmo esta parte da saga ocorrendo de forma coerente, a trama em
geral continua ofuscada. Parto para o próximo livro da mesma maneira que deixei
o anterior, torcendo para que toda genialidade de King se revele em uma trama
envolvente e compensadora.
leonejs
Leia e Kontamine-se
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