3 de novembro de 2016

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Django Livre



Django é um escravo que trabalhava em uma fazenda, mas quando estava sendo levado a outro lugar, se deparou com um caçador de recompensas, este à procura de alguém que pudesse reconhecer três irmãos que trabalhavam na mesma fazenda citada. O homem prometeu que depois que a neve baixasse, Django estaria livre. Depois de fazerem alguns trabalhos, a dupla vai atrás da esposa de Django, e estes descobrem que o dono dela é um apostador de lutas mandingas, uma luta entre escravos que apenas termina quando um deles morre.
Este é um filme que gostei muito, igualmente como todos os outros filmes de Tarantino, em exceção de apenas um desses. Django Livre é um filme que possui uma excelente trilha sonora, tema de faroeste, e, além de ser um filme de ação, também nos faz dar várias risadas. Do mesmo jeito que me recomendaram a assistir o filme, eu os recomendo também.
Murillo J. S.  9

             Embora amado por uns e odiado por outros, Tarantino tem meu apreço. Após conferir títulos como Cães de Aluguel (filme que brilhantemente marcou sua estreia nos cinemas), a duologia Kill Bill, Bastardos Inglórios e o mais recente Os Oito Odiados, ratifico que, à sua maneira peculiar, gostei de todos. Claro, alguns mais que outros. Mas, ignorantemente, por algum motivo, acabei por cismar com Django Livre e demorei muito para dar uma chance a ele (talvez por pensar equivocadamente que se tratava de um remake ou um reboot, e não curto muito assistir filmes que não são originais). O que me incentivou foi um vídeo do Pipocando (canal do youtube) a respeito dos maiores tiroteios das telonas, e uma cena deste estava lá. Nem um pouco entusiasmado, comecei a ver o longa, e foi a melhor coisa que fiz no dia, pois a película é fantástica e já inicia nos abrangendo de uma forma arrebatadora e deslumbrante nos entretendo no estilo Quentin Tarantino, com muito sangue, palavrões e diálogos extensos e insanos.
            Logo apresentando-nos os dois principais personagens em situações sangrentas e até mesmo engraçadas, o filme foca, principalmente, no desenvolvimento do protagonista consoante os conflitos impostos de sua trajetória até seu objetivo, que é resgatar sua mulher que foi vendida como escrava para um determinado homem branco. Semelhante a todo longa de sua autoria, Tarantino, em Django Livre, impõe uma questão reflexiva baseada em certo período histórico, neste caso a escravidão nos EUA, o que causa vários empecilhos para o protagonista em sua jornada por ser negro. Período este brilhantemente retratado na película ao estilo próprio e individual do diretor, além de, por meio de algumas cenas que podem ser consideradas chocantes, transmitir os ideais da época. Ademais, é interessante observar o tratamento de negro para com negro, o que expõe o conceito de racismo do período até mesmo entre a própria raça (conceito incorporado na figura do engraçado personagem Stephen interpretado de forma espetacular por Samuel L. Jackson, rosto comum nos filmes de Quentin), e o completo menosprezo dos brancos que se consideravam verdadeiras pessoas e infinitamente superiores aos outros. Mesmo sendo um negro livre, Django tem de enfrentar várias destas desconfortáveis situações.
            Com uma impecável trilha sonora que consegue misturar faroeste com rap (destaque para a marcante cena do famoso tiroteio ao som de James Brown e 2Pac – Unchained), vários momentos memoráveis, um elenco mais que recheado com faces já bem conhecidas do público (algumas quase sempre presentes nos filmes de Tarantino) que conta até mesmo com Jonah Hill (ator bem conhecido de películas do gênero comédia) em uma passagem muito hilária (passagens comuns ao decorrer do longa), Django Livre está repleto das impactantes cenas exageradamente exageradas e, apesar de quase três horas de duração, não torna-se maçante devido a sua variedade de situações e habilidade em manter o espectador apreensivo pela próxima sequência de acontecimentos e instigá-lo a não parar de assisti-lo.  
             Bastante aclamado pelos críticos e pelos fãs, lamento ter subestimado o filme da mesma forma que, creio, Will Smith lamenta ter recusado o papel de Django para contracenar com seu filho em Depois da Terra. Quem não tem nada a lamentar, sem dúvida alguma, é Christoph Waltz que, por sua excelente atuação, conquistou seu segundo Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em mais um longa dirigido por Quentin. Leonardo DiCaprio também pode muito comemorar  por mais uma estupenda interpretação sua, interpretação para a qual literalmente ele deu o sangue. Este que foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, indicação que acabou não vencendo injustamente.
              Sendo por mim considerada a melhor película de Quentin Tarantino, sem ainda não ter conferido o queridinho Pulp Fiction e alguns outros títulos não tão expressivos do mesmo, este possui um final que se distingue do convencional do diretor. Em suma, Django Livre é obrigação para todo dito cinéfilo, apreciador da sétima-arte, fã de faroestes (pois este realmente pode ser considerado um expoente diferenciado do gênero), ou simplesmente para alguém que busca boas atuações e tramas interessantes a se curtir com a mente aberta.
Matheus J. S.  10

Assista e Kontamine-se

Avaliações:
IMDb: 8,5
Rotten: 88%
Adoro Cinema (usuários): 4,7
Kontaminantes (média): 9,5





Ficha Técnica Resumida (Wikipédia):

Estados Unidos
2012 • cor • 165 min 
Direção
Quentin Tarantino
Produção
Stacey Sher
Reginald Hudlin
Pilar Savone
Roteiro
Quentin Tarantino
Elenco
Jamie Foxx
Christoph Waltz
Leonardo DiCaprio
Kerry Washington
Samuel L. Jackson
Walton Goggins
Dennis Christopher
James Remar
Michael Parks
Don Johnson
Gênero
Ação
Drama
Faroeste
Companhia(s) produtora(s)
A Band Apart
Distribuição
EUA
The Weinstein Company
Lançamento
EUA
25 de dezembro de 2012
Idioma
Inglêsalemão
Orçamento
US$ 100 milhões
Receita
US$ 425.368.238

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