Dizem que a
humildade é uma virtude, se por ventura você leu a última divagação (It - A Coisa, livro), venho humildemente fazer uma retratação sobre o último parágrafo
da mesma, que seria sobre a leitura do conto Um sonho de Liberdade. Não sei se
por afobação ou alguma peça pregada pela minha memória deixei passar
despercebido que no livro Quatro estações de Stephen King, tinha dois contos
adaptados: Primavera Eterna – Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank (justamente Um sonho de Liberdade) e Outono da Inocência – O Corpo (Conta
Comigo). Desculpem pelo equívoco. Agora, sobre a adaptação de It, posso afirmar
que consegui assistir e as próximas linhas dessa divagação serão sobre esta
experiência.
Medo, palavra pequena que
certamente promoveu grandes mudanças na história da humanidade, tanto boas como
más. Provavelmente todos os seres humanos tem esse sentimento, nem que seja medo
de sentir medo, alguns mais, outros menos e os que têm medo da própria sombra.
Intensidade e motivos são variáveis em cada ser e por isso destaco
positivamente a transcrição do título dessa adaptação que expressa muito bem a
intenção da obra, conseguindo ou não o efeito desejado, como já disse isso é
uma variável.
Lançado quatro anos após o seu homônimo
impresso, com certeza com o intuito de pegar uma carona no sucesso do mesmo,
essa produção para a TV tem quase três horas de duração, algo que achei
curioso para esse tipo de produção (para TV), com elenco formado em sua
maioria de rostos desconhecidos (ao menos hoje em dia), sem contar Tim Curry (Esqueceram de Mim 2, Congo...) atrás
de Pennywise e Seth Green (Uma Saída de Mestre...) interpretando Richie Tozier garoto. Com quase trinta anos, é compreensível
a qualidade dos efeitos especiais desse longa, provavelmente não houve grandes
investimentos nesse quesito, as atuações também não contam com grandes feitos. O
início do filme acontece com uma sequência de fotografias em preto e branco com
música característica e, após uma ou duas cenas rápidas, chuva e morte, dando uma
pequena ênfase no gênero terror, mas o restante soa como suspense.
Sem maiores delongas, creio que
apenas uma faixa etária específica vai se aterrorizar nos dias de hoje. O filme
em si ganha uma característica mais interessante para quem leu o livro (o meu
caso), sendo a maior influência em assisti-lo era ver a personificação dos personagens
quando crianças. Sendo assim, digo que o Bill garoto não passa uma imagem de líder,
a pequena Bev não tem carisma, Richie, Edie, Henry Bowers e sua turma são convincentes e Bem Hanscom adulto está caracterizado de acordo. Uma cena que chamou minha
atenção é a do Pennywise no álbum de fotografias de Mike. Ademais, mesmo com
muitos detalhes do livro e adaptações que não atrapalham o contexto geral da
trama, a experiência valeu mais para matar a curiosidade.
Uma nova adaptação para o cinema
está sendo gravada com previsão de lançamento para o ano de 2017, deixando para
o público grandes expectativas.
Obs: O ator Jonathan Brandis que interpretou Bill na infância
cometeu suicídio no ano de 2003.
leonejs 6.0
Ficha Técnica Resumida
Titúlo (BR): It - Uma Obra-Prima do Medo
País: Estados Unidos
Ano: 1990
Duração: 179 min
Direção: Tommy Lee Wallace
Adaptação: It - A Coisa Stephen King (livro)
Gênero: Terror
Idioma: Inglês
Avaliações:
IMDb: 6,9
Rotten: 62%
Rotten: 62%
Adoro Cinema (usuários): 3,7
Fontes
Ficha técnica: Wikipédia
Imagens: Kontaminantes
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