13 de janeiro de 2017

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The Vampire Diaries - Hiatus da 8ª Temporada



* esta divagação contém spoilers significativos

Sim, The Vampire Diaries chegou a uma época em que sereias são as grandes vilãs.
É certo que a baixa audiência e, cá entre nós, a queda de qualidade, representaria o fim da série. Não, a sétima temporada não foi a culpada, muito pelo contrário, acabou por ser a luz no fim do túnel e nos dar esperanças de tempos melhores, mas nossas expectativas acabaram por ir água abaixo com este novo ano e o decretado triste fim que se aproxima cada vez mais.
Quando o ciclo passado se iniciou, confesso que não estava muito ansioso, porém fui presenteado com uma temporada completamente inovadora e que soube se portar muito bem frente à ausência de sua grande protagonista, Elena. Ausência que soube ser aproveitada pelos produtores ao explorar mais as relações entre outros personagens e a fuga da mesmice que esta involuntariamente acabava por causar, seu enjoativo anseio pela humanidade e indecisões com relação a Damon. Ademais, nos vimos bombardeados com tramas repletas de reviravoltas que envolveram complicadas vinculações familiares, improváveis romances, "temíveis" novas criaturas fantásticas... e muito mais. Contudo, ao fim da temporada, que confesso ter sido empolgante principalmente consoante a retomada forçada parceria entre Damon e Enzo que tínhamos grande vontade de ser mais aprofundada desde o quinto ano, além da fuga do medonho ser do Arsenal, acabei por elevar demais minhas expectativas. A oitava temporada, já em seus princípios, demonstrou-se lamentável e completamente fragilizada.
Obviamente que após a Pedra da Fênix, Rayna e o épico episódio Inferno São os Outros, era de se esperar algo grandioso, no entanto nos deparamos com um novo ciclo que aparenta sofrer a pressão de ser o último e ter de lidar com o encerramento de diversos plots, ademais da inclusão de certos personagens que acabam por ser desnecessários. Nem mesmo o impecável ano anterior foi suficiente para trazer os fãs perdidos de volta e impedir a inevitável decadência do programa.
The Vampire Diaries chegou a um ponto em que a criatividade se tornou um problema, criatividade que trouxe a série determinados elementos que são frutos de zombarias e deboche, como as já citadas sereias, Cade e o próprio Inferno (sim, o INFERNO). Lembre-se, estamos falando de uma série de vampiros, e não de Supernatural, série esta que possui como habitat natural, então sim, o Inferno e derivados. Só falta a seguir nos depararmos com anjos e demônios. Já que falamos de uma das mais longas séries da TV americana, penso que uma comparação possa ser interessante, até porque Supernatural vinha de uma décima primeira temporada admirável e, repentinamente, se viu afundada em um poço de lama. Apesar disto, acabou de ser renovada para mais um ano e continua sob a audiência dos ávidos espectadores que a amam incondicionalmente perante trabalhos passados que os fizeram adorá-la de verdade, algo que The Vampire Diaries não conseguiu por se manter em elevado nível somente durante três temporadas (talvez quatro), falhou ao não permitir com os que a assistiam realmente se apegar por um tempo mais extenso e possuir a tão ferrenha admiração que os implacáveis Hunters possuem com sua paixão. Quando lançada, a excelente sétima temporada não pode mais salvar o programa com destino já selado.
Mantendo as adoráveis surpreendentes reviravoltas inesperadas, The Vampire Diaries, se aprofundando no relacionamento entre Stefan e Caroline que começou a se estabelecer em seu quinto ano e o improvável romance de Enzo e Bonnie, acabou por, inevitavelmente, cair em clichês que envolvem sacrifícios e coisas do gênero, além de tentativas falhas de frases de efeito que tornam-se batidas e até mesmo repetitivas e engraçadas, ademais de, às vezes, dar vergonha alheia. Outro aspecto que prova que a série não é mais a mesma aborda as próprias grandes vilãs dos primórdios do novo ciclo, Sybil e sua irmã (sereias), estas que, de assombrosas e "respeitáveis" antagonistas passaram para vítimas de um ser superior e permanecem no programa somente como forma de encher linguiça e ocupar espaço que poderia estar sendo mais bem utilizado para o desenvolvimento de algum enredo significativo. A repentina aparição de Tyler Lockwood e Sarah Salvatore igualmente foi completamente irrelevante, ou seja, os produtores (ou alguém relacionado) pagaram atores apenas para morrerem em seus papéis como uma tentativa falha de ser emocionante, porém acredite, não foi, acabou por ser simplesmente banal e esquecível. O próprio pôster atual da série remete ao enterro do lobisomem, e acrescento que Julie Plec, criadora do programa, garantiu mais uma morte "impactante" até o término do ano. Vale ressaltar que Alaric, um dos meus personagens favoritos durante as primeiras temporadas, está muito chato. Admito que sua ressurreição ao fim do quinto ciclo me animou, contudo talvez fosse melhor ter permanecido do Outro Lado. Além, certos quesitos que não chegaram a pesar temporadas passadas passaram a pesar nesta, como, por exemplo, as infinitas situações que complementam o passado dos protagonistas, isto porque está faltando algo, aquele entretenimento que nos faça focar em outros detalhes e deixarmos estes passar por estarmos vidrados em outros acontecimentos de maior importância.
No entanto, o programa também conta com pontos positivos. A impecável trilha sonora como só The Vampire Diaries sabe fazer permaneceu, este ano contou até mesmo com o agressivo som de Marilyn Manson, a personagem Virgina foi aproveitada de certa maneira a não se tornar insignificante e sem valor (aprendam sereias, cada um tem seu devido tempo de tela), o Arsenal está sendo gradativamente explorado (quem sabe tenhamos mais novidades acerca?), Damon continua com seu ácido tom irônico e sarcástico (como gostamos), instável e inconstante (como sempre) e os irmãos Salvatore, com a humanidade desligada e elevados ao patamar mais alto de maldade e insanidade, prometem proporcionar momentos e plots memoráveis até o fim que se aproxima, fim que a própria criadora garante relembrar o de Breaking Bad (admito que a ideia não me empolga, ainda mais que este não se mostrou inovador e convincente). Os conflitos pessoais de cada um também se realçam (pelo menos alguns), exceto os de Matt, humano desprezível que continua no programa sem nenhum motivo real aparente. Talvez o drama de Bonnie e sua magia igualmente seja melhor aprofundado daqui pra frente.
Com os possíveis retornos de Elena, Kai (sim, o amado eterno malvado Kai!) e até mesmo o de Katherine (você não entendeu errado, Katherine), a cada novo episódio mais aumentam as emoções e as expectativas para a season finale que esperamos, pelo menos, ser digna de uma série que há muito conquistou nosso apreço. Creio que também possamos esperar por mais um adorável crossover com seu spin-off, The Originals, programa este que permanecerá no ar e conta com a hipótese de certos personagens da série em questão, após seu término, darem o ar de sua graça pelas terras do maléfico e querido híbrido Klaus. Igualmente há rumores de um novo salto no tempo.
Baseado na saga de livros homônima (embora haja incontáveis diferenças de uma para outra) escrita por L. J. Smith, é certo que The Vampire Diaries nos proporcionou diversos momentos que devem ser recordados (e outros lamentáveis que é melhor esquecermos), personagens e tramas pelas quais nos apegamos, uma série, obviamente amada (ou não), que conquistou nossos corações e possui um carinho especial meu por ser a pioneira de minha entrada neste mundo tão extenso e abrangente das que nos fazem ficar acordados até tarde gastando horas sob seus peculiares brilhos envolventes. Em suma, somente espero que o programa em sua reta até o desfecho iminente não nos decepcione e nos presenteie com episódios finais que verdadeiramente vinguem sua brilhante (às vezes ofuscante) trajetória por oito temporadas.
Matheus J. S.


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Avaliações (8ª Temporada até o momento):
IMDb: 7,8 (série em geral)
Adoro Cinema (usuários) [série em geral]: 4,7
Kontaminantes (Matheus J. S.): 5





Ficha Técnica Resumida Wikipédia (série em geral):

Informações gerais
Formato
Série
Gênero
Drama sobrenatural
Fantasia
Horror
Romance
Duração
42 minutos (aproximadamente)
Estado
Em exibição
Baseado em
The Vampire Diaries criado por
L. J. Smith
Desenvolvedor(es)
Kevin Williamson
Julie Plec
País de origem
Estados Unidos
Idioma original
Inglês
Produção
Diretor(es)
Marcos Siega
Produtor(es) executivo(s)
Leslie Morgenstein
Bob Levy
Kevin Williamson
Julie Plec
Elenco
Nina Dobrev
Paul Wesley
Ian Somerhalder
Steven R. McQueen
Sara Canning
Kat Graham
Candice King
Zach Roerig
Kayla Ewell
Michael Trevino
Matt Davis
Joseph Morgan
Michael Malarkey
Empresa(s) de produção
Outerbanks Entertainment
Alloy Entertainment
CBS Television Studios
Warner Bros. Television
Exibição
Emissora de televisão original
EUA
The CW
Formato de exibição
1080i (HDTV)
Transmissão original
EUA
10 de setembro de 2009 – presente
N.º de temporadas
8
N.º de episódios
163
Cronologia
Programas relacionados
The Originals

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