* esta divagação contém spoilers significativos
Sim, The Vampire Diaries chegou a uma época em
que sereias são as grandes vilãs.
É certo que a baixa audiência e, cá entre nós,
a queda de qualidade, representaria o fim da série. Não, a sétima temporada não
foi a culpada, muito pelo contrário, acabou por ser a luz no fim do túnel e nos
dar esperanças de tempos melhores, mas nossas expectativas acabaram por ir água
abaixo com este novo ano e o decretado triste fim que se aproxima cada vez
mais.
Quando o ciclo passado se iniciou, confesso que não estava muito ansioso, porém fui presenteado com uma temporada completamente inovadora e que soube se portar muito bem frente à ausência de sua grande protagonista, Elena. Ausência que soube ser aproveitada pelos produtores ao explorar mais as relações entre outros personagens e a fuga da mesmice que esta involuntariamente acabava por causar, seu enjoativo anseio pela humanidade e indecisões com relação a Damon. Ademais, nos vimos bombardeados com tramas repletas de reviravoltas que envolveram complicadas vinculações familiares, improváveis romances, "temíveis" novas criaturas fantásticas... e muito mais. Contudo, ao fim da temporada, que confesso ter sido empolgante principalmente consoante a retomada forçada parceria entre Damon e Enzo que tínhamos grande vontade de ser mais aprofundada desde o quinto ano, além da fuga do medonho ser do Arsenal, acabei por elevar demais minhas expectativas. A oitava temporada, já em seus princípios, demonstrou-se lamentável e completamente fragilizada.
Quando o ciclo passado se iniciou, confesso que não estava muito ansioso, porém fui presenteado com uma temporada completamente inovadora e que soube se portar muito bem frente à ausência de sua grande protagonista, Elena. Ausência que soube ser aproveitada pelos produtores ao explorar mais as relações entre outros personagens e a fuga da mesmice que esta involuntariamente acabava por causar, seu enjoativo anseio pela humanidade e indecisões com relação a Damon. Ademais, nos vimos bombardeados com tramas repletas de reviravoltas que envolveram complicadas vinculações familiares, improváveis romances, "temíveis" novas criaturas fantásticas... e muito mais. Contudo, ao fim da temporada, que confesso ter sido empolgante principalmente consoante a retomada forçada parceria entre Damon e Enzo que tínhamos grande vontade de ser mais aprofundada desde o quinto ano, além da fuga do medonho ser do Arsenal, acabei por elevar demais minhas expectativas. A oitava temporada, já em seus princípios, demonstrou-se lamentável e completamente fragilizada.
Obviamente que após a Pedra da Fênix, Rayna e o
épico episódio Inferno São os Outros, era de se esperar algo grandioso, no
entanto nos deparamos com um novo ciclo que aparenta sofrer a pressão de ser o
último e ter de lidar com o encerramento de diversos plots, ademais da inclusão
de certos personagens que acabam por ser desnecessários. Nem mesmo o impecável
ano anterior foi suficiente para trazer os fãs perdidos de volta e impedir a
inevitável decadência do programa.
The Vampire Diaries chegou a um ponto em que a
criatividade se tornou um problema, criatividade que trouxe a série determinados
elementos que são frutos de zombarias e deboche, como as já citadas sereias,
Cade e o próprio Inferno (sim, o INFERNO). Lembre-se, estamos falando de uma
série de vampiros, e não de Supernatural, série esta que possui como habitat
natural, então sim, o Inferno e derivados. Só falta a seguir nos depararmos com
anjos e demônios. Já que falamos de uma das mais longas séries da TV americana,
penso que uma comparação possa ser interessante, até porque Supernatural vinha
de uma décima primeira temporada admirável e, repentinamente, se viu afundada
em um poço de lama. Apesar disto, acabou de ser renovada para mais um ano e continua
sob a audiência dos ávidos espectadores que a amam incondicionalmente perante trabalhos
passados que os fizeram adorá-la de verdade, algo que The Vampire Diaries não
conseguiu por se manter em elevado nível somente durante três temporadas (talvez
quatro), falhou ao não permitir com os que a assistiam realmente se apegar por
um tempo mais extenso e possuir a tão ferrenha admiração que os implacáveis Hunters
possuem com sua paixão. Quando lançada, a excelente sétima temporada não pode
mais salvar o programa com destino já selado.
Mantendo as adoráveis surpreendentes
reviravoltas inesperadas, The Vampire Diaries, se aprofundando no relacionamento
entre Stefan e Caroline que começou a se estabelecer em seu quinto ano e o improvável
romance de Enzo e Bonnie, acabou por, inevitavelmente, cair em clichês que
envolvem sacrifícios e coisas do gênero, além de tentativas falhas de frases de
efeito que tornam-se batidas e até mesmo repetitivas e engraçadas, ademais de,
às vezes, dar vergonha alheia. Outro aspecto que prova que a série não é mais a
mesma aborda as próprias grandes vilãs dos primórdios do novo ciclo, Sybil e
sua irmã (sereias), estas que, de assombrosas e "respeitáveis" antagonistas
passaram para vítimas de um ser superior e permanecem no programa somente como
forma de encher linguiça e ocupar espaço que poderia estar sendo mais bem utilizado
para o desenvolvimento de algum enredo significativo. A repentina aparição de Tyler
Lockwood e Sarah Salvatore igualmente foi completamente irrelevante, ou seja,
os produtores (ou alguém relacionado) pagaram atores apenas para morrerem em
seus papéis como uma tentativa falha de ser emocionante, porém acredite, não foi,
acabou por ser simplesmente banal e esquecível. O próprio pôster atual da série
remete ao enterro do lobisomem, e acrescento que Julie Plec, criadora do programa,
garantiu mais uma morte "impactante" até o término do ano. Vale ressaltar
que Alaric, um dos meus personagens favoritos durante as primeiras temporadas,
está muito chato. Admito que sua ressurreição ao fim do quinto ciclo me animou,
contudo talvez fosse melhor ter permanecido do Outro Lado. Além, certos
quesitos que não chegaram a pesar temporadas passadas passaram a pesar nesta, como,
por exemplo, as infinitas situações que complementam o passado dos
protagonistas, isto porque está faltando algo, aquele entretenimento que nos
faça focar em outros detalhes e deixarmos estes passar por estarmos vidrados em
outros acontecimentos de maior importância.
No entanto, o programa também conta com pontos
positivos. A impecável trilha sonora como só The Vampire Diaries sabe fazer permaneceu,
este ano contou até mesmo com o agressivo som de Marilyn Manson, a personagem
Virgina foi aproveitada de certa maneira a não se tornar insignificante e sem
valor (aprendam sereias, cada um tem seu devido tempo de tela), o Arsenal está
sendo gradativamente explorado (quem sabe tenhamos mais novidades acerca?),
Damon continua com seu ácido tom irônico e sarcástico (como gostamos), instável
e inconstante (como sempre) e os irmãos Salvatore, com a humanidade desligada e
elevados ao patamar mais alto de maldade e insanidade, prometem proporcionar
momentos e plots memoráveis até o fim que se aproxima, fim que a própria criadora
garante relembrar o de Breaking Bad (admito que a ideia não me empolga, ainda
mais que este não se mostrou inovador e convincente). Os conflitos pessoais de
cada um também se realçam (pelo menos alguns), exceto os de Matt, humano desprezível
que continua no programa sem nenhum motivo real aparente. Talvez o drama de
Bonnie e sua magia igualmente seja melhor aprofundado daqui pra frente.
Com os possíveis retornos de Elena, Kai (sim, o
amado eterno malvado Kai!) e até mesmo o de Katherine (você não entendeu
errado, Katherine), a cada novo episódio mais aumentam as emoções e as expectativas
para a season finale que esperamos, pelo menos, ser digna de uma série que há
muito conquistou nosso apreço. Creio que também possamos esperar por mais um
adorável crossover com seu spin-off, The Originals, programa este que
permanecerá no ar e conta com a hipótese de certos personagens da série em
questão, após seu término, darem o ar de sua graça pelas terras do maléfico e
querido híbrido Klaus. Igualmente há rumores de um novo salto no tempo.
Baseado na saga de livros homônima (embora haja
incontáveis diferenças de uma para outra) escrita por L. J. Smith, é certo que
The Vampire Diaries nos proporcionou diversos momentos que devem ser recordados
(e outros lamentáveis que é melhor esquecermos), personagens e tramas pelas quais
nos apegamos, uma série, obviamente amada (ou não), que conquistou nossos
corações e possui um carinho especial meu por ser a pioneira de minha entrada neste
mundo tão extenso e abrangente das que nos fazem ficar acordados até tarde gastando
horas sob seus peculiares brilhos envolventes. Em suma, somente espero que o programa
em sua reta até o desfecho iminente não nos decepcione e nos presenteie com
episódios finais que verdadeiramente vinguem sua brilhante (às vezes ofuscante)
trajetória por oito temporadas.
Matheus
J. S.
Logotipo da série
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Avaliações (8ª Temporada até
o momento):
IMDb: 7,8 (série em geral)
IMDb: 7,8 (série em geral)
Adoro Cinema (usuários) [série em
geral]: 4,7
Kontaminantes (Matheus J. S.): 5
Ficha Técnica Resumida
Wikipédia (série em geral):
Informações gerais
|
|
Formato
|
Série
|
Gênero
|
Drama sobrenatural
Fantasia Horror Romance |
Duração
|
42 minutos (aproximadamente)
|
Estado
|
Em exibição
|
Baseado em
|
The Vampire Diaries criado por
L. J. Smith |
Desenvolvedor(es)
|
Kevin Williamson
Julie Plec |
País de origem
|
Estados Unidos
|
Idioma original
|
Inglês
|
Produção
|
|
Diretor(es)
|
Marcos Siega
|
Produtor(es) executivo(s)
|
Leslie Morgenstein
Bob Levy Kevin Williamson Julie Plec |
Elenco
|
Nina Dobrev
Paul Wesley Ian Somerhalder Steven R. McQueen Sara Canning Kat Graham Candice King Zach Roerig Kayla Ewell Michael Trevino Matt Davis Joseph Morgan Michael Malarkey |
Empresa(s) de produção
|
Outerbanks Entertainment
Alloy Entertainment CBS Television Studios Warner Bros. Television |
Exibição
|
|
Emissora de televisão original
|
EUA
The CW
|
Formato de exibição
|
1080i (HDTV)
|
Transmissão original
|
EUA
10 de setembro de 2009 – presente
|
N.º de temporadas
|
8
|
N.º de episódios
|
163
|
Cronologia
|
|
Programas relacionados
|
The Originals
|
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