31 de janeiro de 2017

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Supernatural - Retorno do Hiatus da 12ª Temporada



*esta divagação contém spoilers significativos

Infelizmente, para o meu desgosto, tenho de expor que Supernatural mais uma vez teve uma grande oportunidade em suas mãos que acabou por desperdiçar. Ok, vamos entender.
Após o retorno de seu hiatus, o programa retomou o seguimento de sua 12ª temporada, até o momento com um só episódio lançado. Tenho de confessar, consoante o que vimos neste novo ciclo até agora, que as expectativas não eram altas, muito pelo contrário, sequer existiam. Desta forma, admito que comecei a assistir o novo episódio com certo pessimismo, mas fui bastante surpreendido, tanto positivamente quanto negativamente, o máximo que apenas 40 minutos podem surpreender. Em suma, conforme decepções e boas surpresas pensei que uma divagação a respeito do retorno ao ar de uma das mais longas séries da TV americana seria justo. Então, vamos lá!
Arrebatando logo de cara o espectador com o que considerávamos possíveis furos e plots que aparentemente seriam desnecessários e até mesmo chatos, o episódio, de forma a não se demorar neste quesito, ou seja, explicou convincentemente o porquê do Crowley não cooperar com a complicada situação dos rapazes que basicamente se resume ao fato dele saber que escapariam dessa e sua falta de interesse e descaso sempre presente em sua personalidade. Também nos vimos frente à certa incapacidade e possíveis conflitos no futuro com entidades angelicais ou complicações envolvendo a ignorância dos humanos que impediu Castiel de fazer o mesmo. Em relação ao ato que não inspirava grandes esperanças, me referia ao tempo passado na prisão por Dean e Sam, algo que se mostrou verdadeiramente claustrofóbico (estamos acostumados a vê-los na estrada), angustiante e torturador, embora não durou muito tempo e sabíamos que logo iriam conseguir escapar.
Prosseguindo, perante uma fuga condizente (quer dizer, nem tanto, mas logo iremos falar disto) e uma perseguição alá grandes filmes hollywoodianos, o episódio seguia um ritmo bacana e empolgante, nem mesmo a passagem onde os irmãos deram uma surra nos soldados (um tanto mais agressivos que o habitual referente a confrontos com humanos), o que é praticamente impossível (convenhamos, são agentes da lei altamente treinados), porém acabamos por relevar este fato, ainda mais por ter fugido do clichê deles primeiro apanharem para depois baterem, foi suficiente para apagar o brilho que o episódio estava estabelecendo. Pode-se dizer que uma referência a Watchmen e uma possível a Fringe (pelo menos foi a forma como entendi quando a máquina de escrever escreveu sozinha) só serviram para engrandecer mais ainda o espetáculo e nos proporcionar o que tanto desejamos, diversão. Realmente Supernatural, ao longo de toda temporada até o momento, estava me divertindo e entretendo na dose certa. Contudo, tudo o que é bom dura pouco.
Ao serem encontrados por Castiel e Mary que contaram com a espontânea colaboração dos Homens das Letras britânicos (o que, se pararmos para pensar, não foi nem tão relevante assim), os irmãos logo se viram frente a outro problema, Billie. Neste trecho descobrimos que, para poderem ter fugido, necessitaram de uma ajudinha sobrenatural o que lhes custou um pacto de sangue e a vida de um Winchester. Sim pessoal, este é o ponto, o X da questão, a oportunidade que Supernatural tinha para almejar algo maior... no entanto novamente falhou. Enquanto Dean e Sam decidiam quem dos dois iria morrer, Mary se entregou como oferenda dizendo que também era uma Winchester, o que satisfez Billie e a fez concordar com a proposta. Neste momento tudo já estava cagado, sabíamos que nenhum dos dois protagonistas morreriam (imagina o quão inesperado seria!), nenhuma grande trama seria iniciada a partir dali e pensamentos acerca da inutilidade da mãe deles durante todo o ano já começavam a circundar a cabeça, afinal, haveria sido ressuscitada somente para morrer e causar drama sem importância? Em uma passagem onde esta quase se mata e os conflitos pessoais causados pela situação se realçam em sua face, Castiel simplesmente esfaqueia a ceifeira, matando-a, simples assim. Como se diz, não há nada tão ruim que não possa piorar. Considerada por muitos a substituta da Morte, Billie morreu consoante uma faca angelical. Se já não fosse ruim o suficiente a oportunidade desperdiçada, a morte mais sem sal da história só serviu para demonstrar a irrelevância que a presença desta personagem ocasionou ao longo de toda sua existência na série. Contudo, conforme a ação do anjo mais querido dos fãs, ao menos espero que as tais consequências cósmicas citadas por Billie ao ser quebrado um pacto de sangue se concretizem e se mostrem verdadeiramente instigantes, além da dúvida que permanece em nossas cabeças sobre o que são tais eventos poder ser comparada a empolgação ao fim da temporada 11 e questões acerca da Escuridão que na época se estabeleceram. Porém, como ficou claro no trailer do próximo episódio, parece que a série mais uma vez optou por deixar mais uma grande oportunidade de lado. Supernatural e suas manias.
Finalizando, ao fim do episódio nos deparamos com o estrago que o Sr. Ketch fez com todos envolvidos que detinham conhecimento dos crimes dos Winchester, algo que futuramente pode causar interessantes sérios confrontos de ideais com os Homens das Letras britânicos. No entanto, em contraparte, mais uma vez o programa nos decepciona com o diálogo entre Mary e Davies que a impõe sob o serviço dos caçadores europeus. Pra quê isso? Se a Winchester mãe vive uma crise existencial, por que ela, ao invés de ceder seus serviços a estes, não se alia a outros mais confiáveis ou simplesmente retorna para junto de seus filhos? Incompreensível. Desta forma, com tantos aspectos negativos que se sobressaíram, talvez fosse melhor o episódio ter focado apenas na fuga de Dean e Sam, quesito este sim que se realçou positivamente. Ademais, tenho de ressaltar que, mesmo de certa forma não relacionado estreitamente ao assunto, Supernatural foi recentemente renovada para sua 13ª temporada e uma declaração de Jensen Ackles a respeito da inexistência de "Destiel" vem gerando polêmica (completamente desnecessária, né?). Concluindo, como o programa decidiu não se aprofundar ainda em determinados terrenos que inspiram alguma expectativa para o restante da temporada como, por exemplo, a mulher grávida de Lúcifer, só nos resta torcer para que Supernatural nos surpreenda mais de maneira positiva. Referente ao episódio em questão, foi bom, mas poderia ter sido melhor. E se você ainda não leu o post sobre o que penso da temporada atual até o momento, leia clicando aqui.
Matheus J. S.  7 (nota do episódio)


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Avaliações (12ª Temporada até o momento):
Rotten: 100%
IMDb: 8,6 (série em geral); 8,8 (episódio em questão)
Adoro Cinema (usuários): 4,2
Filmow (media geral): 4,3
Kontaminantes (Matheus J. S.): 3





Ficha Técnica Resumida Wikipédia (série em geral):

Informações gerais
Formato
Série
Gênero
Ação
Aventura
Suspense
Drama
Fantasia sombria
Fantasia urbana
Duração
38-46 minutos aprox.
Estado
Em exibição
Criador (es)
Eric Kripke
País de origem
Estados Unidos
Idioma original
Inglês
Produção
Produtor (es)
McG
Todd Aronauer
Vladimir Stefoff
Cyrus Yavneh
Câmera
Câmera única
Elenco
Jared Padalecki
Jensen Ackles
Katie Cassidy
Lauren Cohan
Misha Collins
Mark A. Sheppard
Tema de abertura
"Carry On My Wayward Son",
por Kansas
 (somente no último episódio de cada temporada)
Exibição
Emissora de televisão original
EUA
The WB (2005–2006)
The CW (2006–presente)
Formato de exibição
480i (SDTV)
1080i (HDTV)
Transmissão original
13 de setembro de 2005
N.º de temporadas
12
N.º de episódios
250

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