5 de março de 2018

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Thor: Ragnarok

Pôster


Os filmes do Thor nunca foram uns dos mais aclamados da Marvel. Certamente não antes de Thor: Ragnarok.
Com certeza o que mais corrobora para mudança de patamar deste novo longa do Deus do Trovão é seu tom. Enquanto as duas outras películas tinham como pano de fundo um ar mais sombrio, Thor: Ragnarok é um filme divertido, feito para ser um passatempo. De cores vibrantes a dialogar com o roteiro recreativo, trilha sonora a salientar o senso lúdico e colaborativo as sequências de combate, o longa é incansável, ágil, denotando um alto-astral contagiante que tem toda sua atmosfera resumida e engatada logo em seus primeiros 5 minutos. E, para manter vivo todos fatores ressaltados, a película utiliza como calibre o recurso da comicidade. Será que funciona?
Extremamente bem-humorada, brincalhona e despreocupada, a produção é bastante eficiente em sua acometida, mas isto não significa que seja impecável, por vezes é excessiva, e pecar por excesso ainda é pecar. Nem sempre quanto mais é melhor. Há cenas demasiado compelidas que forçam uma piada aqui e ali que não se portam tão bem quanto outras por não surtirem de forma natural, se torna escrachado. No entanto, se uma sequência não causa o efeito desejado, a seguinte faz o espectador gargalhar em dobro. Muito disto se deve aos atores que estão muito confortáveis em seus papeis e a dinâmica em grupo, todos aqui - dentre os principais nomes - estão esbanjando carisma, além dos efeitos visuais concisos que ditam a vigorosa concepção infanto-juvenil - sem eles em sintonia o filme não funcionaria. Também deve-se realçar os segmentos mais frenéticos que, apesar dos diversos cortes, são inteligíveis e eletrizantes, bem como o funcional uso do slow motion que adere requintes estilosos a determinadas passagens e o característico e vivo figurino que jamais satura, é um visual o qual o público admira e sente-se bem ao apreciar.
Embora este seja um longa do Thor, há um outro personagem que se torna bastante notório: Hulk. Pela primeira vez mais lúcido que o normal, o monstrengo verde teve o impacto de sua participação atenuado pela campanha publicitária da película, ao correr da trama constantemente cita-se um invencível e implacável combatente que você sabe ser o Hulk, não há surpresa. De forma ainda pior acontece com o Doutor Estranho, já que o mesmo tem uma breve aparição só para justificar a cena pós-crédito de seu filme solo sem nada relevante a complementar além da forma barata de elevar o hype deste novo longa, é o mesmo que se constata com Ossos Cruzados em Guerra Civil.
Ao prezar sua mitologia mais do que as películas anteriores, o filme expande os conceitos de Asgard e sua confecção, aspectos que dizem muito sobre a vilã da vez: Hela. Apesar de sua reputação incrivelmente maligna, há somente uma cena ou outra que fazem jus a tal encargo (uma igualmente entregue nos trailers que teve seu abalo frustrantemente amenizado), além da persona não usufruir nada do talento da Blanchett, embora seja compreensível esta ser uma performance de poucas expressividades. Ainda falando em amplificação da mitologia, este é um longa onde temos o Thor 100% Thor, independente de seu martelo e se portando como um verdadeiro Deus do Trovão. Ademais e entretanto, a película dá demasiado enfoque num personagem completamente descartável de subtrama genérica.
Enérgico do início ao fim, o filme revigora a trilogia e injeta nova vida ao Universo Marvel. Em suma, Thor: Ragnarok é entretenimento puro.
Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 24 de outubro de 2017 (2h 11min)
Direção: Taika Waititi
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett…
Gêneros: Ação; Ficção científica
Nacionalidade: EUA

Sinopse (Google):
Thor está preso do outro lado do universo. Ele precisa correr contra o tempo para voltar a Asgard e parar Ragnarok, a destruição de seu mundo, que está nas mãos da poderosa e implacável vilã Hela.

Avaliação:
IMDb: 8,0
Rotten: 92%
Metacritic: 74%
Filmow (média geral): 3,7
Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,1/4,0
Kontaminantes (Matheus J. S.): 8
Avaliação

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