Os filmes do Thor nunca foram uns dos mais
aclamados da Marvel. Certamente não antes de Thor: Ragnarok.
Com certeza o que mais corrobora para mudança
de patamar deste novo longa do Deus do Trovão é seu tom. Enquanto as duas
outras películas tinham como pano de fundo um ar mais sombrio, Thor: Ragnarok é
um filme divertido, feito para ser um passatempo. De cores vibrantes a dialogar
com o roteiro recreativo, trilha sonora a salientar o senso lúdico e
colaborativo as sequências de combate, o longa é incansável, ágil, denotando um
alto-astral contagiante que tem toda sua atmosfera resumida e engatada logo em
seus primeiros 5 minutos. E, para manter vivo todos fatores ressaltados, a
película utiliza como calibre o recurso da comicidade. Será que funciona?
Extremamente bem-humorada, brincalhona e
despreocupada, a produção é bastante eficiente em sua acometida, mas isto não
significa que seja impecável, por vezes é excessiva, e pecar por excesso ainda
é pecar. Nem sempre quanto mais é melhor. Há cenas demasiado compelidas que
forçam uma piada aqui e ali que não se portam tão bem quanto outras por não
surtirem de forma natural, se torna escrachado. No entanto, se uma sequência
não causa o efeito desejado, a seguinte faz o espectador gargalhar em dobro.
Muito disto se deve aos atores que estão muito confortáveis em seus papeis e a
dinâmica em grupo, todos aqui - dentre os principais nomes - estão esbanjando
carisma, além dos efeitos visuais concisos que ditam a vigorosa concepção
infanto-juvenil - sem eles em sintonia o filme não funcionaria. Também deve-se
realçar os segmentos mais frenéticos que, apesar dos diversos cortes, são
inteligíveis e eletrizantes, bem como o funcional uso do slow motion que adere
requintes estilosos a determinadas passagens e o característico e vivo figurino
que jamais satura, é um visual o qual o público admira e sente-se bem ao
apreciar.
Embora este seja um longa do Thor, há um outro
personagem que se torna bastante notório: Hulk. Pela primeira vez mais lúcido
que o normal, o monstrengo verde teve o impacto de sua participação atenuado
pela campanha publicitária da película, ao correr da trama constantemente
cita-se um invencível e implacável combatente que você sabe ser o Hulk, não há
surpresa. De forma ainda pior acontece com o Doutor Estranho, já que o mesmo
tem uma breve aparição só para justificar a cena pós-crédito de seu filme solo
sem nada relevante a complementar além da forma barata de elevar o hype deste
novo longa, é o mesmo que se constata com Ossos Cruzados em Guerra Civil.
Ao prezar sua mitologia mais do que as
películas anteriores, o filme expande os conceitos de Asgard e sua confecção,
aspectos que dizem muito sobre a vilã da vez: Hela. Apesar de sua reputação
incrivelmente maligna, há somente uma cena ou outra que fazem jus a tal encargo
(uma igualmente entregue nos trailers que teve seu abalo frustrantemente
amenizado), além da persona não usufruir nada do talento da Blanchett, embora
seja compreensível esta ser uma performance de poucas expressividades. Ainda
falando em amplificação da mitologia, este é um longa onde temos o Thor 100%
Thor, independente de seu martelo e se portando como um verdadeiro Deus do
Trovão. Ademais e entretanto, a película dá demasiado enfoque num personagem
completamente descartável de subtrama genérica.
Enérgico do início ao fim, o filme revigora a
trilogia e injeta nova vida ao Universo Marvel. Em suma, Thor: Ragnarok é
entretenimento puro.
Matheus J. S.
Assista e Kontamine-se
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Leia Também:
Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 24
de outubro de 2017 (2h 11min)
Direção: Taika Waititi
Elenco: Chris Hemsworth, Tom
Hiddleston, Cate Blanchett…
Gêneros: Ação; Ficção científica
Nacionalidade: EUA
Sinopse (Google):
Thor está preso do outro lado do universo. Ele
precisa correr contra o tempo para voltar a Asgard e parar Ragnarok, a
destruição de seu mundo, que está nas mãos da poderosa e implacável vilã Hela.
Avaliação:
IMDb:
8,0
Rotten:
92%
Metacritic:
74%
Filmow
(média geral): 3,7
Adoro
Cinema (usuários/adorocinema): 4,1/4,0
Kontaminantes (Matheus J. S.): 8
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