Apesar de Toy Story 3 ter aparentado encerrar a trilogia protagonizada por Woddy e Buzz da melhor forma possível, nove anos depois a Pixar retoma a franquia com juras de uma estória inovadora a ser contada. No entanto, será que o novo filme faz jus à promessa?

Seguindo o molde narrativo dos longas que o precedem, Toy Story 4, de antemão, não agrega nada novo à saga. Nesse sentido, a estrutura rítmica se mantém a mesma, ou seja, esta é uma produção eletrizante do início ao fim, o roteiro proporciona diversão em toda sua totalidade e a química entre os personagens garante a fluidez que a animação exige para engrenar. As sequências mais ágeis e aventurescas são lúdicas e bem orquestradas, enquanto muitas das cenas e situações parecem reciclar trechos das películas anteriores.

Visualmente a obra é vivaz e colorida, havendo pouco espaço para distinções gráficas marcantes em comparação ao filme de 2010, salvo a qualidade da imagem que está sutilmente mais nítida e bonita. Referente à apresentação dos novos personagens, todos são introduzidos organicamente à trama e possuem uma função pertinente a desempenhar. Dito isso, Forky é, sem dúvida alguma, o principal expoente dentre os rostos que passam a agregar a turma de Woody e companhia; pueril, fofo e extremamente cativante, Forky integra os segmentos mais contagiantes do longa, embora tenha o potencial dos debates que acercam sua "crise existencial" apenas pincelados pelo entrecho.

Gabby Gabby é outro dos novos brinquedos a ganhar destaque. Apesar de, a princípio, se articular como suposta vilã, a mesma ganha camadas e uma motivação plausível, além de deixar a película sem um antagonista que é um diferencial da obra perante a trilogia que a antecede. Os fiéis escudeiros de Gabby Gabby dão vida aos blocos mais assustadores da película, enquanto Duke Caboom, cômico e extrovertido, respalda a adrenalina das passagens mais enérgicas de todo o texto. Já a dupla Patinho e Coelhinho conquista rapidamente a simpatia dos espectadores, ao passo que Bonnie, incumbida de ser a nova cuidadora dos brinquedos, substitui o Andy com charme e carisma.

Entretanto, é um semblante já conhecido do assistente que rouba a cena. Betty, que esteve ausente durante o filme passado, retorna com a grande responsabilidade de liderar um dos arcos que alicerçam grande parte do enredo, sendo que sua forte personalidade é um elemento crucial para o engajamento do público feminino mais jovem. É ela também a encarregada de influenciar o plot de Woody, haja visto que Toy Story 4 trata, sobretudo, da jornada deste à procura de seu lugar no mundo.

No mais, cabe ressaltar que o longa, mediante o realce atribuído majoritariamente a Woddy, Buzz e a vasta gama de novos personagens a compor o elenco, deixa os antigos coadjuvantes de lado sem terem praticamente nada a fazer. Personagens já consagrados na franquia, tais como Jessie, Trixie, Sr. Cabeça de Batata e Rex, possuem participações ínfimas, o que afeta o envolvimento do telespectador na trama consoante o vínculo preestabelecido entre os mesmos. Ademais, os icônicos e adorados Ets que sempre fazem uma pontinha ou outra, sequer são mencionados.

Em suma, Toy Story 4 não é o filme mais hilário ou emocionante da saga, tampouco é uma obra necessária, mas ainda assim entretém e contagia à base da excelente dinâmica de seus personagens.

Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica:

Data de lançamento (Brasil): 20 de junho de 2019

Direção: Josh Cooley

Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Keanu Reeves…

Gênero: Animação

Nacionalidade: EUA

Sinopse (Adoro Cinema):

Agora morando na casa da pequena Bonnie, Woody apresenta aos amigos o novo brinquedo construído por ela: Forky, baseado em um garfo de verdade. O novo posto de brinquedo não o agrada nem um pouco, o que faz com que Forky fuja de casa. Decidido a trazer de volta o atual brinquedo favorito de Bonnie, Woody parte em seu encalço e, no caminho, reencontra Betty, que agora vive em um parque de diversões.

Avaliação:

IMDb: 7,9

Rotten: 97%

Metacritic: 84%

Filmow (média geral): 4,2

Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,4/3,0

Kontaminantes (Matheus J. S.): 7

Toy Story 4

Apesar de Toy Story 3 ter aparentado encerrar a trilogia protagonizada por Woddy e Buzz da melhor forma possível, nove anos depois a Pixar retoma a franquia com juras de uma estória inovadora a ser contada. No entanto, será que o novo filme faz jus à promessa?

Seguindo o molde narrativo dos longas que o precedem, Toy Story 4, de antemão, não agrega nada novo à saga. Nesse sentido, a estrutura rítmica se mantém a mesma, ou seja, esta é uma produção eletrizante do início ao fim, o roteiro proporciona diversão em toda sua totalidade e a química entre os personagens garante a fluidez que a animação exige para engrenar. As sequências mais ágeis e aventurescas são lúdicas e bem orquestradas, enquanto muitas das cenas e situações parecem reciclar trechos das películas anteriores.

Visualmente a obra é vivaz e colorida, havendo pouco espaço para distinções gráficas marcantes em comparação ao filme de 2010, salvo a qualidade da imagem que está sutilmente mais nítida e bonita. Referente à apresentação dos novos personagens, todos são introduzidos organicamente à trama e possuem uma função pertinente a desempenhar. Dito isso, Forky é, sem dúvida alguma, o principal expoente dentre os rostos que passam a agregar a turma de Woody e companhia; pueril, fofo e extremamente cativante, Forky integra os segmentos mais contagiantes do longa, embora tenha o potencial dos debates que acercam sua "crise existencial" apenas pincelados pelo entrecho.

Gabby Gabby é outro dos novos brinquedos a ganhar destaque. Apesar de, a princípio, se articular como suposta vilã, a mesma ganha camadas e uma motivação plausível, além de deixar a película sem um antagonista que é um diferencial da obra perante a trilogia que a antecede. Os fiéis escudeiros de Gabby Gabby dão vida aos blocos mais assustadores da película, enquanto Duke Caboom, cômico e extrovertido, respalda a adrenalina das passagens mais enérgicas de todo o texto. Já a dupla Patinho e Coelhinho conquista rapidamente a simpatia dos espectadores, ao passo que Bonnie, incumbida de ser a nova cuidadora dos brinquedos, substitui o Andy com charme e carisma.

Entretanto, é um semblante já conhecido do assistente que rouba a cena. Betty, que esteve ausente durante o filme passado, retorna com a grande responsabilidade de liderar um dos arcos que alicerçam grande parte do enredo, sendo que sua forte personalidade é um elemento crucial para o engajamento do público feminino mais jovem. É ela também a encarregada de influenciar o plot de Woody, haja visto que Toy Story 4 trata, sobretudo, da jornada deste à procura de seu lugar no mundo.

No mais, cabe ressaltar que o longa, mediante o realce atribuído majoritariamente a Woddy, Buzz e a vasta gama de novos personagens a compor o elenco, deixa os antigos coadjuvantes de lado sem terem praticamente nada a fazer. Personagens já consagrados na franquia, tais como Jessie, Trixie, Sr. Cabeça de Batata e Rex, possuem participações ínfimas, o que afeta o envolvimento do telespectador na trama consoante o vínculo preestabelecido entre os mesmos. Ademais, os icônicos e adorados Ets que sempre fazem uma pontinha ou outra, sequer são mencionados.

Em suma, Toy Story 4 não é o filme mais hilário ou emocionante da saga, tampouco é uma obra necessária, mas ainda assim entretém e contagia à base da excelente dinâmica de seus personagens.

Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica:

Data de lançamento (Brasil): 20 de junho de 2019

Direção: Josh Cooley

Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Keanu Reeves…

Gênero: Animação

Nacionalidade: EUA

Sinopse (Adoro Cinema):

Agora morando na casa da pequena Bonnie, Woody apresenta aos amigos o novo brinquedo construído por ela: Forky, baseado em um garfo de verdade. O novo posto de brinquedo não o agrada nem um pouco, o que faz com que Forky fuja de casa. Decidido a trazer de volta o atual brinquedo favorito de Bonnie, Woody parte em seu encalço e, no caminho, reencontra Betty, que agora vive em um parque de diversões.

Avaliação:

IMDb: 7,9

Rotten: 97%

Metacritic: 84%

Filmow (média geral): 4,2

Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,4/3,0

Kontaminantes (Matheus J. S.): 7