Mago e Vidro é um daqueles livros que ao
seu término dizemos que valeu a pena a espera, a angústia e a apreensão.
Não pense que a trajetória do pistoleiro
chegou ao fim, pelo contrário, ainda temos alguns volumes a serem lidos e muita
água vai passar por esse rio e não sabemos o que encontraremos em seu percurso.
Alguns pontos são essenciais para o merecido destaque desse volume,
primeiramente cito os passos iniciais de Roland como pistoleiro, fatos estes
que ocorrem após a vitória de Roland sobre Cort (narrada no primeiro volume), a
qual lhe dá o direito de ser um pistoleiro, e que compõe a trama principal
neste momento. Outro ponto importante é a forma que Stephen King conduz a sua
escrita nesta narrativa, simplesmente ele nos presenteia com toda a sua
genialidade descritiva. Mas antes de focarmos nesta parte não podemos esquecer
a importância de Eddie no desfecho do embate entre o grupo de Roland e Blaine,
importância esta que faz com que Roland veja Eddie com outros olhos e respeito,
ao ponto de entender que para chegar a Torre Negra ele precisa mais do que suas
próprias habilidades.
Havia algo que incomodava os leitores
dessa saga (creio, pois a mim sim), a falta de informações sobre o passado de
Roland para entendermos melhor o seu presente, e Mago e Vidro nos revela a
primeira ação de Roland como pistoleiro, seu primeiro e talvez único amor, seus
primeiros amigos, seus erros e como iniciou sua busca pela Torre Negra. É
apenas uma pequena parte do passado do pistoleiro, nem tudo que queremos saber é
revelado nesta narrativa, mas sem dúvidas se não for a passagem mais
importante, no mínimo está entre elas.
Seguindo uma linha de tempo sem quebras
de espaço e nem alternâncias entre mundos, Stephen King nos apresenta a cidade
de Mejis e seus moradores que são detalhadamente descritos, tanto em caráter
quanto fisicamente, conforme vão ganhando relevância no contexto. Roland e seus
companheiros, Curtbert e Alain, chegam a Mejis com uma missão de reconhecimento,
mas encontrarão surpresas que mudarão os seus planos, e dentre essas surpresas
Susan Delgado é a que mais mexe com Roland.
Não é surpresa que King tem uma forte
influência de Tolkien nesta saga e coloca várias referências sobre o Senhor dos
Anéis, e Rhea de Cöos é uma delas nesse volume, além de usar o bordão de Smigol
ela também se definha na posse de um objeto maligno. A ação também não faz
feio, mesmo não chegando às vias de fato em alguns momentos, as que ganham
destaque neste quesito são; o encontro de Curtbert, Alain e Roland com os
Caçadores de Caixões no shaloon; Roland enchendo Ermot de tiros e o confronto
final. A tudo isso podemos somar o romance que Stephen King coloca como fundo
principal para o desenrolar da trama, sendo o autor um especialista em outro
gênero, ele não decepciona em relatar o momento amoroso do pistoleiro e muito
menos compromete o teor da saga.
Todas as citações anteriores são apenas
uma mínima parte do que se tem para falar sobre Mago e Vidro. Tenso, empolgante
e outras qualidades fazem com que não consigamos soltar o livro até a conclusão
do relato de Roland.
leonejs
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Ficha
Técnica
Autor:
Stephen King
Idioma:
Inglês
País:
Estados Unidos
Gênero:
Terror
Série:
A Torre Negra
Editora:
Donald M. Grant, Publisher
Lançamento:
Novembro de 1997
Páginas:
787
Avaliação
Goodreads:
4,24
Orelha
de Livros: 4,0
Skoob:
4,5
Kontaminantes
(leonejs): 8
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