Os 13 Porquês é um livro
recheado de assuntos polêmicos, constrangedores e até mesmo perturbadores.
Ambientado em uma atmosfera de personagens secundaristas, esse fator que não é
uma determinante e nem uma indicação para a faixa etária de seus leitores. Logo
que, o que é retratado em suas paginas não é algo exclusivo do mundo dos
jovens, talvez em certos países e certas culturas tenha uma maior incidência,
mas pode ocorrer com qualquer pessoa, ou próxima a essa em qualquer lugar do
mundo, independente de classe social, credo e etnia. Relembrando que há alguns
dias a web ficou cheia de notícias com imagens e vídeos sobre um jogo chamado
Baleia Azul, alguns youtubers fizeram vídeos sobre isso e alcançaram milhões de
visualizações em algumas horas. Pais, jovens, crianças, curiosos e mais uma
gama de pessoas, deram uma olhada neste conteúdo.
Polêmica a parte, outro ponto de
destaque é a forma como o escritor expõe a trama, com uma sinopse simples onde
é conhecido o destino de Hannah, deixa as perguntas sobre os motivos e quais
foram às participações e quão contundentes estas, se é que existem, dos
portadores do presente de grego deixados pela mesma. Trama esta que em muitos
momentos é quase que impossível determinar quem é o personagem principal entre
a figura de Hannah, personificada pela sua voz nas gravações, ou Clay que
angustiadamente escuta Hannah tentando descobrir por que foi sentenciado com
tais revelações. Ainda falando desses dois personagens, o modo como o escritor
desenvolve sua narrativa, hora na voz de Hannah, hora com os pensamentos de
Clay, simultaneamente alternando entre parágrafos, arreiga um envolvimento do
leitor que pende para ambas as personagens.
Sempre existem pontos onde o
leitor discorda (no caso este que vos divaga) com aquele que lhe proporcionou a
viagem em sua obra, no caso, creio que o autor acumulou muitos acontecimentos
em uma mesma passagem, algo que se repete em mais de uma vez, mesmo que
correlacionando vários personagens com um determinado fato, deixa uma impressão
conturbada da visualização do contexto do que quer passar.
Leitura reflexiva e alarmante
que desperta a curiosidade logo na primeira página, curiosidade esta que nos
acompanhará até o termino do livro e possivelmente após o mesmo. Em alguns
momentos me lembrou do livro Antes que Eu Vá, mas sem o advento do improvável e
com uma sutil superioridade.
leonejs
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