21 de janeiro de 2018

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Baby Driver

Pôster


A franquia Velozes e Furiosos (leia aqui) é constantemente massacrada pelos críticos especializados, o quê me faz pensar o porquê da ovação positiva sobre Baby Driver.
Ok, a afirmação acima pode ter sido polêmica, então expliquemos. Para se compreender tal paralelo, é necessário que se espaireça a galhofa que a saga de Toretto é, porém, uma galhofa assumida, virtude isenta em Ritmo de Fuga, visto que o filme não assume seus absurdos e peca, principalmente, na dosagem desequilibrada de sua confecção. Vamos entender.
A princípio despretensioso, o longa caminha ao passo que segue fórmulas baratas do gênero, estas que, até certo ponto, não chegam a pesar, como o protagonista criminoso "bonzinho" querendo uma nova vida, o chefe que o considera indispensável e o chantageia para seguir com o trabalho e até a atraente namoradinha enfadonha que faz par com o grande astro da película. Corroborando ao divertimento em tela, destaca-se a eclética trilha sonora que dita o ritmo de grande parte das cenas, muitas extravagantes, mas ainda aceitáveis. Além, reiterando o grande marco de Baby Driver, a musicalidade antagoniza, com agitadas e alegres canções, passagens mais intensas e apreensivas, o que cria segmentos irônicos e subversivos.
Outro fator que merece ser ressaltado são as sequências de ação. Estas, bem conduzidas, limpas e compreensíveis se encarregam por grande parcela do entretenimento do espectador, mantendo sempre um clima frenético e incansável que não deixa o público se preocupar com o frívolo roteiro. Ademais, as pitadinhas cômicas são inseridas de forma convencional para um filme de tal índole e, em relação ao elenco, enquanto Ansel Elgort é passável como Baby e Kevin Spacey convence como Doc, o realce fica por conta de Jamie Foxx que interpreta, com contundência e conforto, o papel de um gangster perspicaz, efetivo, impiedoso e carismático. Falando em Jamie Foxx, é a partir dele que o terceiro ato deslancha, onde Em Ritmo de Fuga se perde num mar de insanidade que não condiz nem mesmo com as sequências pouco prováveis vistas até então, onde a pouca verossimilhança deixa de existir, onde os personagens esquecem de lado suas inabaláveis posturas a critério de um script bagunçado, onde os clichês passam a saturar e o longa se torna um irrisório jogo de gato e rato envolto por um romancezinho bobo que, definitivamente, atribui a Baby Driver o selo "Sessão da Tarde".
Não satisfeita, a película também é superficial no desenvolvimento de seu protagonista. Isto é, ao insinuar muito, seja sobre a situação financeira de Baby, seu problema auditivo, círculo familiar, personalidade instável e o apresentar de banais flashbacks que apenas mostram um pouco do passado do mesmo, mas sem o explorar, o personagem não é dramatizado como o recurso narrativo possa pretender, da mesma forma que Baby sequer ganha o apreço do espectador mediante sua concepção apática. Ademais, não se pode esquecer do desfecho preguiçoso e que o rotula como um "filme barato" seria rotulado.
Em Ritmo de Fuga é imprevisível, e isso, aqui, é ruim, além de relaxado, irrelevante e que tem como maior mérito seus efeitos práticos e os aspectos técnicos.
Matheus J. S.  5

Com a premissa de entreter o espectador com um filme de ação ao estilo Carga Explosiva (Jason Statham), Baby Driver chega com uma trilha sonora colaborativa no contexto e visual, semelhante ao que aconteceu com Guardiões da Galáxia, trazendo Kevin Spacey como um personagem similar ao seu em Quebrando a Banca, além de Jamie Foxx com mais uma boa interpretação em seu currículo, mesmo que seu personagem não seja desenvolvido à altura.
O filme tem seu auge na primeira parte, mais aproximadamente nos primeiros vinte minutos, com uma boa parceria entre música e protagonista.  Após esse momento, o filme passa para razoável e admissível, onde trilha, enredo e evolução dos personagens não seguem o mesmo ritmo. Por fim, despenca e deixa a desejar em vários quesitos, dando a impressão que termina sem esmero e com certa pressa, com a produção sem saber o que fazer com certos personagens.
Os destaques ficam por conta da trilha sonora, do personagem do pai adotivo de Baby, interpretado por CJ Jones, que rende uma boa parceria com Baby e dá um show de interpretação e carisma sem dizer uma palavra, e Edgar Wright que escreve e dirige a produção, o qual surpreende por ficar aquém da qualidade esperada quando seu nome está envolvido.
Baby Driver é um filme para ser assistido naquelas tardes chuvosas de domingo, bem similar ao outono estadunidense, sem compromisso, sendo substituível rapidamente por um próximo entretenimento.
leonejs  7

Considerado por muitos um dos melhores filmes de 2017, Baby Driver não é ruim em seus dois primeiros atos, mas decai a partir de certa parte do terceiro. Como disse, o mesmo só fica ruim após determinado segmento, sendo que, em vez de acabar na hora certa, ele se prolonga em uma sequência que tenta ser a melhor, mas acaba fugindo do ritmo e se tornando o oposto do objetivo, ou seja, a sequência mais fraca.
Apesar da película não ser extraordinária, é melhor do que eu esperava, isso porque pensei que o foco seria o relacionamento entre o protagonista e a garçonete, e como já podíamos ver no trailer, este seria mais um daquelas relações entre jovens que já vimos em diversos filmes de ação e romance, tendo algum destes indivíduos um segredo, muito provavelmente envolvido com seu trabalho perigoso e voltado para o mal, que é exatamente o caso do personagem Baby, mas diferente do que pensei, esse relacionamento é apenas secundário.
Baby Driver é um filme simples e possui algumas falhas, mas mesmo assim é bom e merece ser assistido.
Murillo J. S.  8

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 27 de julho de 2017 (1h 53min)
Direção: Edgar Wright
Elenco: Ansel Elgort, Kevin Spacey, Lily James…
Gêneros: Ação; Policial; Comédia
Nacionalidades: Reino Unido; EUA

Sinopse (Adoro Cinema):
O jovem Baby (Ansel Elgort) tem uma mania curiosa: precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar o cargo, principalmente depois que se vê apaixonado pela garçonete Debora (Lily James).

Avaliação:
IMDb: 7,7
Rotten: 93%
Metacritic: 86%
Filmow (média geral): 4,1
Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,3/3,5
Kontaminantes (média): 6,5
Avaliação

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