Não se passa praticamente um ano sem que a Pixar lance uma animação de peso. Com Viva: A Vida é Uma Festa não é diferente.

Apesar dos estereótipos, clichês, previsibilidades narrativas e a própria premissa e desenrolar formulaicos, o filme é extremamente divertido e funciona tanto para crianças quanto para adultos. Pelo lado infantil, o longa tem como principal trunfo a concepção de suas personagens que esbanjam empatia, bem como a característica apresentação da cultura e herança familiar de Miguel e a construção lúdica, peculiar, compacta, intrigante e curiosamente viva do Mundo dos Mortos, o que se evidencia pela vasta gama de fortes cores que lhe confeccionam e certamente servem como fator de identificação para o público mais jovem. O ritmo aventuresco e altamente enérgico da película também serve para manter os pequenos entusiasmados, a estória nunca para e sempre se vê frente a inusitadas situações e revés, assim como o apresentar de novos rostos e a presença de elementos fantasiosos que tanto encantam os kids. Corroborando, destaca-se a presente trilha sonora que dialoga com harmonia a atmosfera imposta, são músicas que estimulam, não estafam.

Já por uma ótica mais madura, o filme tem seu auge enquanto, por meio dum script conciso e de cumes mirabolantes, se realça a mensagem direcionada ao valor familiar, ganhando ainda mais força consoante os vínculos estabelecidos que transparecem o respectivo panorama que convencem e comovem principalmente por conta da verossimilhança expressa na representação dos sentimentos de seus personagens, ou por conta das figuras em cena que já conquistaram o apreço do espectador e naturalmente completam passagens de ênfase emocional. Também se enaltecem questões relevantes como a importância da memória e o amor paternal, além do sublinho no universo artístico ser bastante agridoce, espairecendo tanto seu âmbito florido quanto o estarrecedor, este que compila diversos conceitos como injustiça, ganância e as consequências que a implacável busca por fama e reconhecimento pode acarretar.

Exímio na conceição de seus personagens de personalidades fortes e de particularidades próprias, o longa tem Héctor como uma das figuras que mais se acentuam durante a trama, especialmente por sua carisma e caráter sagaz, além de ser o principal baluarte para as reviravoltas finais e o impulsor de algumas das sequências mais enternecedoras e outras recreativas, o que faz do personagem tão especial. Ademais, mesmo que determinados arranjos de roteiro e o desfecho possam, de certa forma, ser previstos, o ar envolventemente contagiante e a bem-humorada simpatia que faz com que o espectador zele pelas figuras em tela, compensa o público mais exigente.

Em suma, embora não fuja de convencionalidades do gênero, Viva: A Vida é Uma Festa é tocante, surpreendente e muito divertido.

Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

Comente, Compartilhe e Siga Nosso Blog

Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 4 de janeiro de 2018 (1h 45min)

Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina

Elenco: Anthony Gonzalez (VIII), Benjamin Bratt, Gael García Bernal…

Gêneros: Animação; Fantasia

Nacionalidade: EUA

Sinopse (Adoro Cinema):

Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.

Avaliação:
IMDb: 8,7

Rotten: 97%

Metacritic: 81%

Filmow (média geral): 4,5

Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,5/4,5

Kontaminantes (Matheus J. S.): 8,5

Viva: A Vida é Uma Festa

Não se passa praticamente um ano sem que a Pixar lance uma animação de peso. Com Viva: A Vida é Uma Festa não é diferente.

Apesar dos estereótipos, clichês, previsibilidades narrativas e a própria premissa e desenrolar formulaicos, o filme é extremamente divertido e funciona tanto para crianças quanto para adultos. Pelo lado infantil, o longa tem como principal trunfo a concepção de suas personagens que esbanjam empatia, bem como a característica apresentação da cultura e herança familiar de Miguel e a construção lúdica, peculiar, compacta, intrigante e curiosamente viva do Mundo dos Mortos, o que se evidencia pela vasta gama de fortes cores que lhe confeccionam e certamente servem como fator de identificação para o público mais jovem. O ritmo aventuresco e altamente enérgico da película também serve para manter os pequenos entusiasmados, a estória nunca para e sempre se vê frente a inusitadas situações e revés, assim como o apresentar de novos rostos e a presença de elementos fantasiosos que tanto encantam os kids. Corroborando, destaca-se a presente trilha sonora que dialoga com harmonia a atmosfera imposta, são músicas que estimulam, não estafam.

Já por uma ótica mais madura, o filme tem seu auge enquanto, por meio dum script conciso e de cumes mirabolantes, se realça a mensagem direcionada ao valor familiar, ganhando ainda mais força consoante os vínculos estabelecidos que transparecem o respectivo panorama que convencem e comovem principalmente por conta da verossimilhança expressa na representação dos sentimentos de seus personagens, ou por conta das figuras em cena que já conquistaram o apreço do espectador e naturalmente completam passagens de ênfase emocional. Também se enaltecem questões relevantes como a importância da memória e o amor paternal, além do sublinho no universo artístico ser bastante agridoce, espairecendo tanto seu âmbito florido quanto o estarrecedor, este que compila diversos conceitos como injustiça, ganância e as consequências que a implacável busca por fama e reconhecimento pode acarretar.

Exímio na conceição de seus personagens de personalidades fortes e de particularidades próprias, o longa tem Héctor como uma das figuras que mais se acentuam durante a trama, especialmente por sua carisma e caráter sagaz, além de ser o principal baluarte para as reviravoltas finais e o impulsor de algumas das sequências mais enternecedoras e outras recreativas, o que faz do personagem tão especial. Ademais, mesmo que determinados arranjos de roteiro e o desfecho possam, de certa forma, ser previstos, o ar envolventemente contagiante e a bem-humorada simpatia que faz com que o espectador zele pelas figuras em tela, compensa o público mais exigente.

Em suma, embora não fuja de convencionalidades do gênero, Viva: A Vida é Uma Festa é tocante, surpreendente e muito divertido.

Matheus J. S.

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 4 de janeiro de 2018 (1h 45min)

Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina

Elenco: Anthony Gonzalez (VIII), Benjamin Bratt, Gael García Bernal…

Gêneros: Animação; Fantasia

Nacionalidade: EUA

Sinopse (Adoro Cinema):

Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.

Avaliação:
IMDb: 8,7

Rotten: 97%

Metacritic: 81%

Filmow (média geral): 4,5

Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,5/4,5

Kontaminantes (Matheus J. S.): 8,5